Em sua vida, o inventor Santos Dumont pôde ver a sua mais brilhante invenção ser usada na Primeira Guerra Mundial (1914-1918): o avião. Além disso, historiadores explicam que, nesta época, o brasileiro foi falsamente acusado de ser um espião alemão e a sequência dos casos o levou a um quadro intenso de depressão.
Dumont morreu em 23 de julho de 1932, sem antes passar por diversas clínicas de repouso na Europa e também no Brasil. Próximo a um hotel no Guarujá, no interior de São Paulo, em que estava, um bombardeio feito por aviões durante a Revolução Constitucionalista (1932) teria agravado ainda mais a sua saúde.
Há indícios de que o inventor não suportava ver um avião, objeto de pesquisa de praticamente toda a sua vida, promovendo a morte e destruição das pessoas. Por isso, aos 59 anos, ele tirou a própria vida.
Anos antes da tragédia, no entanto, Dumont havia tentado impedir que aviões fossem usados para a guerra. Em 1926, ele enviou um pedido à Liga das Nações, mas não obteve sucesso.
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150 ANOS DE SANTOS DUMONT
Santos Dumont nasceu em 20 de julho de 1873. Ele é considerado um visionário e brilhante inventor brasileiro. Ao longo de seus anos de vida, ele fez contribuições fundamentais para o desenvolvimento tecnológico da humanidade ao conseguir fazer um avião funcionar plenamente, além de ser o responsável pelos relógios de pulso.
Mas o espírito visionário de Santos Dumont deixou também outras influências. Foi ele o desenvolvedor de um hangar, estrutura que se tornou essencial para a indústria aeronáutica. Outra invenção é o chuveiro da casa dele, que usava uma espécie de balde com e perfurações e um mecanismo para misturar água quente e gelada.
A invenção está no Museu Casa de Santos Dumont, em Petrópolis, cidade de atração turística na região serrana do Rio de Janeiro, que está sendo reinaugurado nesta quinta-feira (20), em comemoração ao sesquicentenário.
Além disso, não é exagero dizer que o inventor é reconhecido até na Lua. Em 1973, como homenagem pelo centenário de nascimento do brasileiro, a União Astronômica Internacional batizou de Santos Dumont uma cratera existente no satélite natural da Terra. Com 8,8 quilômetros de diâmetro, a cratera fica a 54 quilômetros do local de pouso da missão Apollo 15, em 1971, sendo a primeira a receber o nome de um brasileiro e a única no lado visível da Lua.
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