Ludmilla foi acusada de intolerância religiosa por causa de sua performance, no último domingo (21), no festival Coachella, na Califórnia (EUA). Nas redes sociais, internautas criticaram e acusaram a cantora.
Ludmilla cometeu intolerância religiosa?
Durante a apresentação, um vídeo exibido no telão chamou a atenção dos internautas, que mostrava a frase: “Só Jesus expulsa o Tranca Rua das pessoas”.
Nesta segunda-feira (22), ela usou suas redes sociais para se justificar e afirmou que a cena foi tirada de contexto e que sua proposta com as imagens foi mostrar a realidade de uma favela.
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Cantora se defende
“Quando eu disse que vocês teriam que se esforçar pra falar mal de mim, eu não achei que iriam tão longe. Hoje tiraram do contexto uma das imagens do vídeo do telão do show em Rainha da Favela, que traz diversos registros de espaços e realidades a qual eu cresci e vivi por muitos anos, querendo reescrever o significado dele, e me colocando em uma posição que é completamente contrária à minha“, começou ela.
“Rainha da Favela apresenta a minha favela, uma favela real, nua e crua, onde cresci, mas, infelizmente, se vive muitas mazelas: genocídio preto, violência policial, miséria, intolerância religiosa e tantas outras vivências de uma gente que supera obstáculos, que vive em adversidades, mas que não desiste. Isso passa por conviver em um ambiente muitas vezes hostil, onde a cada esquina você precisa se deparar com as dificuldades da favela“, continuou.
“Termino meu show com o céu tomado de pipas douradas, que representam a esperança que eu quero plantar no coração de todos que lidam com essa realidade! Esse vídeo foi feito por uma fotógrafa/videomaker negra e periférica, para que tivesse um olhar de dentro para fora!“, afirmou.
Por fim, a arista pediu o fim dos ataques. “Não me coloquem nesse lugar. Vocês sabem quem eu sou e de onde eu vim. Não tentem limitar para onde eu vou. Respeito todas as pessoas como elas são, e independente de qualquer fé, raça, gênero, sexualidade ou qualquer particularidade de que façam elas únicas“, concluiu.
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