3 de maio de 2024
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O que significa Tranca-Rua? Termo foi usado por Ludmilla

Cantora foi acusada de cometer intolerância religiosa durante show no Coachella deste domingo (21)

Show Ludmilla (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Após sua apresentação no festival Coachella, na Califórnia (EUA), a cantora Ludmilla se viu no centro de uma polêmica envolvendo intolerância religiosa. Durante seu show, um vídeo exibido no telão mostrava a mensagem “Só Jesus expulsa o Tranca-Rua das pessoas“, acompanhada por uma imagem de uma oferenda sendo pisada. Como Ludmilla se identifica como evangélica, a exibição desse conteúdo gerou controvérsia, especialmente entre praticantes de religiões de matriz africana no Brasil.

O vídeo fazia parte de uma projeção que apresentava cenas do cotidiano das favelas, como pessoas dançando, empinando pipas, ônibus queimados, e brigas de rua.

O que significa Tranca-Rua?

A mensagem sobre Tranca-Rua foi interpretada como uma ofensa à umbanda, ao candomblé e às outras religiões de matriz africana, onde Tranca-Rua é um agrupamento ou falange de entidades espirituais responsáveis por guardar e limpar caminhos.

Em muitas dessas religiões, Tranca-Rua é associado às cores branca, preta e vermelha, e é frequentemente representado segurando um tridente. Apesar disso, a imagem do tridente levou algumas pessoas a associá-lo equivocadamente com figuras malignas em religiões cristãs.

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Cantora se defende

Ludmilla se defendeu das acusações nas redes sociais. Em uma publicação, ela escreveu:

Quando eu disse que vocês teriam que se esforçar pra falar mal de mim, eu não achei que iriam tão longe. Hoje tiraram do contexto uma das imagens do vídeo do telão do show em Rainha da Favela, que traz diversos registros de espaços e realidades a qual eu cresci e vivi por muitos anos, querendo reescrever o significado dele, e me colocando em uma posição que é completamente contrária à minha“, começou ela.

Rainha da Favela apresenta a minha favela, uma favela real, nua e crua, onde cresci, mas, infelizmente, se vive muitas mazelas: genocídio preto, violência policial, miséria, intolerância religiosa e tantas outras vivências de uma gente que supera obstáculos, que vive em adversidades, mas que não desiste. Isso passa por conviver em um ambiente muitas vezes hostil, onde a cada esquina você precisa se deparar com as dificuldades da favela“, continuou.

Termino meu show com o céu tomado de pipas douradas, que representam a esperança que eu quero plantar no coração de todos que lidam com essa realidade! Esse vídeo foi feito por uma fotógrafa/videomaker negra e periférica, para que tivesse um olhar de dentro para fora!“, afirmou.

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Por fim, a arista pediu o fim dos ataques. “Não me coloquem nesse lugar. Vocês sabem quem eu sou e de onde eu vim. Não tentem limitar para onde eu vou. Respeito todas as pessoas como elas são, e independente de qualquer fé, raça, gênero, sexualidade ou qualquer particularidade de que façam elas únicas“, concluiu.

Rafaela Viveiros
Formada em Jornalismo pela Universidade Paulista (Unip). Jornalista do Grupo EP, repórter do Tudo EP, está no portal desde 2021 e possui experiências com produção de matérias para os portais, edição de vídeos, imagens e criação de conteúdo para as redes sociais.
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