Como de costume, pesquiso diversos assuntos para escrever pautas relevantes sobre decoração para vocês. Durante esse trabalho me deparei, novamente, com o triste significado do nome Criado-Mudo.
Indignada com os detalhes da história, achei válido dividir com vocês. Acredito que alguns leitores já sabem o significado, mas para tentar acabar de vez com esse termo, achei prudente reforçar a Campanha “Criado-Mudo Nunca Mais”, idealizada em 2020 pela Etna, marca de móveis e objetos de decoração, infelizmente extinta no mercado. Leia a matéria: Novo comportamento do consumidor
Você sabe o porquê deste nome?
Em 1820, os escravos que faziam os trabalhos domésticos eram chamados de criados. Homens e mulheres ficavam imóveis ao lado da cama para servir seus patrões, com copo d’ água, roupas ou o que fosse necessário.
Alguns senhores achavam incômodo o fato deles falarem, por isso muitos perderam a língua. Outros receberam dolorosas punições para não se mexerem quando alguém estivesse dormindo.
Um dia, surgiu a ideia de uma mesa ao lado da cama, e assim foi denominado de criado-mudo com a finalidade de diferenciar dos escravos domésticos.
Séculos se passaram e, sem saber, usamos termos racistas.
No Dia da Consciência Negra, 20/11/20, a Etna passou a adotar o termo mesa de cabeceira em vez de criado-mudo em suas lojas e catálogos. A campanha incentivou também os seus fornecedores a descartarem o termo criado-mudo e usar, em seu lugar, mesa de cabeceira.
Desde então, outras marcas de móveis também aderiram a esse movimento. Busque no Google e você verá que a palavra “criado-mudo” foi substituída por mesa de cabeceira.
Compartilhe essa história! Vamos abolir de vez o nome do móvel que remete ao período da escravidão no Brasil.
#criadomudonuncamais