É muito comum confundirmos fome com a vontade de comer.
A fome é algo fisiológico. Para manter o nosso organismo estável, o cérebro envia sinais ao nosso corpo de que precisa de fontes de energia, como dor de cabeça, dor e/ou barulhos no estômago, cansaço, as vezes até pressão baixa, entre outros. Na fome fisiológica não existe o desejo de um alimento em específico, a necessidade de comer é maior, portanto qualquer alimento é aceito.
Já a vontade e/ou o desejo de comer aparece em momentos variados e muitas vezes pouco tempo depois de ter realizado uma refeição, ou durante momentos estressantes, tristes, entediantes e ansiosos, o que o torna algo mais psicológico e que podemos chamar aqui de fome emocional.
Nesses momentos tendemos a buscar o alimento antes mesmo do nosso processo de digestão da última refeição (nossa digestão ocorre depois de 3 horas da ingestão do alimento), alimentos mais específicos (os que são mais ricos em açúcares e gorduras já que são mais palatáveis). Trata-se então de fatores relacionados ao psicológico (e não físico), e da dependência da comida (e desejo de comer) para suprir as questões emocionais.
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Quando é perdido o controle sobre o comportamento alimentar, comendo exageradamente em um curto espaço de tempo, mesmo que já esteja satisfeita ou sem fome, em uma frequência de duas ou mais vezes por semana, podemos pensar em um transtorno psicológico chamado de compulsão alimentar.
A compulsão alimentar pode ser causada por problemas hormonais,dietas muito restritivas ou problemas psicológicos. As consequências variam,e dentre elas podemos encontrar a depressão, ansiedade, obesidade, bulimia, anorexia,hipertensão, diabetes, uma grande descompensação do bem estar físico e emocional, etc.
Sempre temos aquele momento em que percebemos que exageramos na comida, seja em uma festa, confraternização ou até naquele almoço ou jantar favorito que fizeram a nós. Isso não quer dizer que você tenha compulsividade alimentar, mas é preciso estar atenta na frequência com que isso acontece e no quanto isso pode já ter se tornado um hábito.
Caso tenha percebido que isso pode já ter se tornado um hábito e está acontecendo com muita frequência, o primeiro passo é aceitar sua dificuldade e buscar o apoio de um psicólogo para entender os gatilhos que estão ocasionando essa compulsão.
Quanto antes acontecer a procura e o tratamento, antes poderá ser aumentada sua qualidade de vida, autoestima, melhora de sua relação com o alimento e minimizado os efeitos da compulsão.
Nossas escolhas alimentares irão impactar em nossa qualidade de vida e saúde. A maneira mais eficaz de entender o limite entre a fome e a compulsão é o autoconhecimento sem medo. Conhecer suas emoções e como lida com as mesmas, conhecer sua forma de reagir às situações que julga frustrantes ou incomodas para melhor gerenciar seus comportamentos (muitas vezes autodestrutivos), o seu corpo para saber quando um sinal é de fome de verdade e em quais momentos é apenas o desejo de comer.
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Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Tudo EP.