13 de dezembro de 2024
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Síndrome de Burnout ou esgotamento profissional: veja 3 fases e fique em alerta

Naiara Mariotto é psicóloga, psicoterapeuta, terapeuta cognitivo-comportamental, sexóloga, especializada em equilíbrio emocional e relacionamentos, e atua em Araraquara há 14 anos

Hoje vamos falar sobre algo que infelizmente está muito comum, principalmente depois da pandemia: Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional.
 
Essa síndrome acomete cerca de 30% dos 100 milhões de trabalhadores, sabia? Infelizmente o Burnout vem atingindo cada vez mais pessoas ao redor do mundo, porém tem um diagnóstico difícil,pois vai se manifestando pouco a pouco, sem a pessoa se dar conta. (Quando é feito o diagnóstico, é comum a pessoa já estar no pico da crise, e inúmeras vezes com o humor depressivo mais acentuado). 

A síndrome se refere especificamente ao contexto profissional e é resultante de um estresse crônico especificamente no trabalho/estudo que não foi “bem” administrado.  
 
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Os gatilhos mais comuns para o desenvolvimento da síndrome é a sobrecarga no trabalho, falta de reconhecimento do gestor ou da empresa, baixo nível de autonomia e de participação nas decisões, conflitos com o chefe ou com colegas de trabalho, dificuldade em colocar limites na administração de seus afazeres, entre outros.     



A síndrome pode atingir qualquer tipo de profissional ou estudante. Pessoas que são muito perfeccionistas, controladoras, impacientes, exigentes consigo e rígidas acabam por ter chances maiores de desenvolver o Burnout, porém os profissionais mais acometidos estão dentro da área da saúde, ou são advogados, bombeiros, policiais,professores, jornalistas, agentes penitenciários, e profissionais que trabalham com metas. 

A sensação de estar desprovida de recursos físicos e emocionais para enfrentar a situação; a frieza e falta de empatia em relação aos colegas; e o sentimento de culpa devido à baixa produtividade são os 3 sintomas emocionais mais comuns vistos em consultórios, mas também podemos incluir não só sintomas emocionais, como físicos também (afinal, tudo que está em excesso em sua mente, é enviado ao seu corpo como um pedido de ajuda), como: 

* Fraqueza
* Dores musculares;
* Dor de coluna;
* Dor de cabeça;
* Náuseas;
* Alergias;
* Palpitações;
* Tremores;
* Taquicardia;
* Tonturas;
* Distúrbios do sono;
* Alterações de humor;
* Dificuldade de concentração;
* Falta de apetite e de energia;
* Diminuição do desejo sexual;
* Raciocínio lento e fadiga;
* Irritabilidade e ansiedade. 

A gravidade da Síndrome de Burnout é individual, pois varia de acordo com a intensidade das cobranças internas de cada um e do quanto cada pessoa adquire mais cargas no trabalho (falta de limite). 

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O tratamento é realizado através da psicoterapia e mudança comportamental contendo a reeducação da forma de trabalhar, e se necessário, aliada ao uso de medicamentos (antidepressivos ou ansiolíticos) para o alívio dos sintomas.  

Caso não seja tratado corretamente, o transtorno pode levar a depressão (e até mesmo ao suicídio), e/ou causar úlceras, crises de pânico, cardiopatias, doenças autoimunes, diabetes, e por inúmeras vezes, o abuso de álcool ou drogas.  

Se a sua relação com o trabalho está “em crise”, e se sente que isso já afetou até mesmo as atividades prazerosas e divertidas que você fazia mesmo fora do trabalho, não exite em buscar ajuda psicológica.  

Curtir momentos de lazer, observar seus gatilhos emocionais no trabalho, e se necessário, mudar seu estilo de vida, ainda são as melhores formas para prevenir e tratar a Síndrome de Burnout.  

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Cuide de seu bem maior: você! Sua saúde mental é tão importante quanto sua saúde física. 
 
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Tudo EP.

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Luciana Félix
Supervisora de conteúdo digital do acidade on e do Tudo EP. Entrou no Grupo EP em 2017 como repórter do acidade on Campinas, onde também foi editora da praça. Antes atuou como repórter e editora do jornal Correio Popular e do site do Grupo RAC. Também atuou como repórter da Revista Veja, em São Paulo.
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