A seleção de futebol feminino dos Estados Unidos tem chamado a atenção por não cantar o hino nacional na Copa do Mundo Feminina 2023. Antes de cada partida, é comum que as jogadoras fiquem em fila para entoar a canção que representa seu respectivo país, mas as americanas se recusam a participar dessa tradição, permanecendo em silêncio.
Na estreia da equipe contra o Vietnã, apenas três das 11 titulares foram vistas cantando o hino dos EUA. Mas, apesar da repercussão atual, essa negação por grande parte do time é comum desde o Mundial de 2019.
A zagueira Noemi Girma não explicou exatamente o motivo da seleção feminina dos EUA não cantar o hino, porém disse que o foco das atletas é o jogo e a questão da música é algo que está em segundo plano na mente das americanas. “No final, cada jogadora pode escolher o que quer fazer, é tudo o que tenho a dizer”, comentou durante coletiva de imprensa.
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Essa posição de não cantar o hino nacional causou várias críticas por torcedores e comentaristas norte-americanos. No entanto, nem todas as atletas justificam a ação deliberada.
Megan Rapinoe, atacante da equipe, já chegou a afirmar que nunca mais cantaria o hino dos EUA por causa das inúmeras injustiças e preconceitos que ocorrem no país. Desde 2016, a jogadora de destaque se ajoelhou várias vezes durante a canção, assim como no protesto antirracista iniciado pelo jogador de futebol americano Colin Kaepernick.
Segundo ela, a chance de voltar a cantar o hino nacional é quase inexistente. “Seria necessário uma reforma do sistema criminal. Seria preciso diminuir a enorme lacuna de desigualdade que temos. Seria necessário um enorme progresso nos direitos LGBT+”, disse em entrevista a um veículo americano.
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