O Morumbi, estádio do São Paulo, foi palco de um desfecho trágico mais uma vez. Na noite de quinta-feira (22) de agosto, o tricolor entrou em campo pela partida de volta da Libertadores contra o Nacional do Uruguai. Logo no início do segundo tempo, aos seis minutos, o zagueiro Juan Izquierdo, do Nacional, passou mal em campo e precisou ser socorrido de ambulância para o hospital. Nas imagens, o jogador se desequilibra próximo ao meio-campo, dá alguns passos em falso e cai no gramado. Rapidamente, as equipes de socorro foram acionadas e o atleta foi retirado do estádio. Assim que Izquierdo caiu em campo, muitos se lembraram do caso Serginho, jogador do São Caetano, que não sobreviveu a uma parada cardiorrespiratória em uma partida no Morumbi.
Izquierdo teve uma parada cardíaca no caminho para o hospital, o que comprometeu o funcionamento neurológico. Ele passou por um processo de reanimação e foi internado no Albert Einstein, onde permaneceu na UTI até a noite desta terça-feira (27), quando o hospital confirmou o falecimento do jogador por dano irreversível na atividade cerebral. O atleta de 27 anos deixa a esposa e dois filhos, um deles recém-nascido.
Quais as coincidências entre Izquierdo e Serginho?
Em 2004, o jogador Serginho, que também era zagueiro, passou mal em campo no dia 27 de outubro, quando estava defendendo as cores do São Caetano. O time usava um uniforme azul que lembra as cores do Nacional do Uruguai. Serginho teve uma parada cardiorrespiratória em pleno gramado; ele foi socorrido ao hospital São Luiz, mas não resistiu e faleceu horas depois.
Após o ocorrido com Serginho, as equipes médicas passaram a ter como obrigação um desfibrilador em campo para agir o mais rápido possível. Em casos assim, cada minuto pode ser crucial para o desfecho e minimizar os danos.
Assim como Izquierdo, o jogador Serginho apresentava um quadro de arritmia cardíaca, descompasso das batidas do coração, mas não foi impedido de praticar suas atividades como atleta.
Serginho tinha 30 anos, já Izquierdo tinha 27. A data também é mais um ponto de convergência entre as histórias trágicas. O ocorrido com o atleta do São Caetano foi em 27 de outubro de 2004 e o quadro de Izquierdo foi considerado irreversível em 27 de agosto de 2024, perto de completar 20 anos da primeira ocorrência.
LEIA MAIS
Qual a diferença entre estágio terminal e cuidados paliativos?