13 de dezembro de 2024
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Google publica nova proposta ao combate às fake news

Em artigo publicado, o Google afirmou que o PL 2630 será prejudicial para o jornalismo brasileiro e apontou soluções

 

Nos últimos dias, o PL (Projeto de Lei) 2630, que tem como proposta regulamentar as redes sociais, tem criado um alvoroço no meio político e empresarial. Segundo a proposta, o governo pretende desenvolver mecanismos de controle para evitar a circulação de notícias falsas na web. Na tarde desta quarta-feira (3), o Google se pronunciou e afirmou que o PL será corrosivo ao jornalismo brasileiro e apontou alternativas à proposta do governo. 

No texto redigido pelo Diretor de Parcerias de Notícias da América Latina, Henrique Matos, o projeto seria prejudicial aos sites por desconsiderar “a troca de valor existente entre plataformas e veículos de notícias e cria um desincentivo para novos investimentos”. Segundo Matos, a proposta “apressada do governo” colocaria em cheque a receita gerada pelos jornais menores, abaixando a competitividade empresarial. “O resultado será a redução do tráfego gerado hoje, gratuitamente aos veículos de notícias pelos buscadores e agregadores de notícias”, escreveu. 

Ainda de acordo com Matos, uma solução seria a criação de um fundo de inovação para o jornalismo brasileiro. “Um fundo como esse pode ajudar a garantir a sustentabilidade e independência ao modelo de fomento do jornalismo de qualidade no Brasil. Esse fundo poderia oferecer financiamento de acordo com critérios mensuráveis e claramente definidos, benefícios para toda a indústria”, discorre. 

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Nesta terça-feira (2), a votação do PL das Fake News foi adiado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Durante todo o começo da semana, o cenário político e empresarial, comandado pelas empresas “Big Techs”, foi bastante movimentado. 

Sem forças necessárias para a aprovação, o relator do PL 2630, Orlando da Silva (PCdoB-SP), decidiu pedir o adiamento da votação. Segundo ele, “não tivemos, e eu assumo como minha responsabilidade, tempo útil para examinar todas as sugestões”. 

Para a oposição, não há consenso em aceitar a criação de um “órgão fiscalizador” das redes sociais. Ainda não há confirmação, mas o cenário indica que, possivelmente, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e o Ministério Público sejam os reguladores das plataformas. 

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Anthony Teixeira
É jornalista e Analista de Mídias Digitais Jr. do Grupo EP. Tem experiência com reportagens multimídia e produção de web documentário. É formado em jornalismo pela Universidade Federal do Pampa (Unipampa) e tem afinidade com produção e edição de conteúdo para as redes sociais. Está no grupo desde 2022.
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