Dados recentes da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (PNAD Contínua) divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostram que o rendimento médio mensal dos domicílios brasileiros é de R$ 1.353,00, o menor desde 2012, o que tem feito com que muitos brasileiros busquem formas de complementar seus orçamentos com trabalhos diversificados.
Recorrer a renda extra revendendo produtos e/ou serviços de empresas é uma opção escolhida por cerca de 4 milhões de brasileiros, que buscam assim suprir as despesas de casa e da família. A Venda Direta, outrora conhecida por venda porta a porta e praticada apenas por donas de casa que vendiam cosméticos, passou por transformações no decorrer dos anos e tornou-se um setor mais abrangente.
Segundo a ABEVD (Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas), desde o início de 2020, os brasileiros de 18 a 29 anos representam 48,1% empreendedores independentes que atuam no setor. Os homens chegaram ao percentual de 42,2%, número expressivo para uma atividade historicamente dominada por mulheres.
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“Há dois anos eu decidi realizar meu sonho de ter filho, e quando engravidei, tive que escolher entre meu trabalho e meu filho. Escolhi meu filho e empreender na Venda Direta, que me traz maior liberdade na escolha de onde e quando trabalho”, pontua a empreendedora de Sergipe, Joelma Araújo.
O pernambucano Wellington Santos relata que entrou na Venda Direta, há sete anos, num momento que estava sem dinheiro até para comprar os primeiros produtos.
“Tive que pegar cartão emprestado e não sabia vender, aprendi com os treinamentos que o setor oferece. Digo com todas as letras que a Venda Direta mudou a minha vida”, conta.
A Venda Direta se destaca pelo baixo risco e investimento inicial, além de contínua capacitação oferecida pelo setor. A grande maioria das empresas associadas a ABEVD oferecem treinamentos a seus empreendedores independentes, que variam entre plataformas gratuitas educacionais e eventos periódicos ou pontuais.
“É comum você ouvir de alguém ‘ah, mas eu não tenho talento para vendas, não tenho dom de convencer’. Mas dificilmente essas habilidades são natas. A capacitação constante oferecida permite ao empreendedor superar esses desafios. O mais importante é ter força de vontade e buscar uma opção de marca ou produto que seja adequado ao seu perfil”, explica a presidente executiva da ABEVD, Adriana Colloca.
“Não fazer distinção de pessoas e oferecer oportunidades iguais para todas é o que faz da Venda Direta o que ela é. Na ABEVD também investimos em capacitação, para empresas e força de vendas, como o curso online Visão 360º em Vendas Diretas, com módulos de gestão comercial, logística, de marketing e até questões jurídicas”, completa Adriana.
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