Em 2021, os escritórios compartilhados, coworking, em inglês, somavam 1,6 mil unidades no país. Somente no estado de São Paulo, já existem 663 imóveis do tipo. Os dados são de um estudo feito pela Newmark, uma consultoria especializada no setor imobiliário.
Se antes da pandemia os espaços de coworkings eram frequentados, em sua grande maioria, por empresas de menor porte, a mudança para um modelo de trabalho mais flexível tem alterado o perfil dos interessados em usar escritórios compartilhados. Agora, os espaços também já são disputados por grandes corporações.
Um desses exemplos, que confirma a mudança de hábito, está em Ribeirão Preto. O escritório compartilhado Corpworking, fundado há 5 anos pelo empreendedor Eduardo Monteiro, que hoje tem de sócio Rafael Morlin que segue também com sua agência de publicidade lá, tem presenciado o aumento de procura do serviço por grandes empresas. “Nesse período percebemos uma grande mudança no público que frequenta o coworking. Antes da crise sanitária eram profissionais liberais e pequenos empreendedores, agora temos grandes empresas que usam o nosso espaço. Dentre elas, fábricas de ferramentas, aplicativos de transportes e empresas de energia fotovoltaica”, destaca.
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Outro público que passou a utilizar com mais frequência o espaço foram advogados e arquitetos. “Eles usam para reuniões, atendimento aos clientes e também para as demandas de trabalho do dia a dia”, conta.
Rafael conta que o escritório compartilhado tem uma área de 700 metros quadrados, sendo que 600 m² são de área construída, e, com a aumento da demanda, eles acabaram de fazer uma nova reforma para ampliar. O coworking conta com 8 salas privativas, salas de reunião e atendimento, auditório e sala de treinamento. No período pós-pandemia cresceu em média 40% quando comparado a 2020.
Rafael faz questão de lembrar que durante a pandemia o escritório compartilhado abrigou os profissionais de RH do Instituto Butantan que estavam na região para fazer os testes da Coronavac na população de Serrana. “Eles ficaram por um ano, e para nós foi uma grande honra ter parte da equipe aqui”, lembra.
Os escritórios compartilhados vieram para ficar e Rafael diz que quem frequenta um coworking dificilmente quer voltar aos modelos antigos de trabalho. “São espaços de muita troca, conhecimento, compartilhamento de ideias e informações, geram novos negócios. É um espaço de crescimento para todos”, finaliza.
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