15 de dezembro de 2024
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42 pessoas resgatadas em condições análogas à escravidão no Sul de Minas

Foram resgatados 42 trabalhadores em condições análogas à escravidão, sendo 25 em Delfinópolis, 10 em Santa Rita do Sapucaí e sete em Andradas

Nas últimas semanas, foi realizada operação do Ministério Público do Trabalho (MPT) no Sul de Minas, que resultou no resgate de 42 trabalhadores em condições análogas à escravidão. As ações resgataram 25 pessoas em Delfinópolis, 10 em Santa Rita do Sapucaí e sete em Andradas, tendo o apoio da Defensoria Pública da União, Ministério Público Federal (MPF), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Federal.

Além do Sul de Minas, as ações também ocorreram nas regiões mineiras do Triângulo e Alto Paranaíba. No total, foram 207 trabalhadores resgatados em sete cidades do estado de Minas Gerais.

Eles atuavam na extração de palha de milho para fabricação de cigarros, colheita de alho, colheita de batata e colheita de café.

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RESGATE NO SUL DE MINAS
Em Delfinópolis, a operação aconteceu no dia 22 de agosto. Entre os 25 resgatados, dois eram menores de idade, que desempenhavam função considerada de alto risco em decorrência do uso de objetos cortantes e exposição à radiação solar e ao frio. Os trabalhadores se encontravam em uma casa superlotada que servia de alojamento, com possibilidade de acidente elétrico.

Eles teriam sido recrutados em Pompéu (MG), para trabalhar na retirada da palha de milho. Segundo as investigações, não estavam recebendo salários e ainda precisavam comprar as próprias ferramentas.

Em Santa Rita do Sapucaí, a operação ocorreu no dia 16, sendo resgatadas dez pessoas em condições degradantes, ambiente de higiene precária, sem local para armazenar alimentos. No caso, há indícios de servidão por dívida, já que as investigações apontam que os produtos comprados em um supermercado eram descontados diretamente nos salários.

Esses trabalhadores eram migrantes de Caetanos (BA) e teriam vindo trabalhar na colheita de café. Eles tiveram que pagar as próprias passagens e os equipamentos de proteção individual (EPI), o que deve ser fornecido pelo empregador.

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No caso de Andradas, os sete trabalhadores resgatados pertenciam à mesma família, vindos de Aracatu (BA). Eles estariam sem salários, sem perspectiva de ir embora e seriam cobrados pelo material que usavam para realizar o serviço.

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