Ernesto Che Guevara nasceu em Rosário, na Argentina, em 14 de junho de 1928. Conhecido mundialmente por ter tido um papel central na Revolução Cubana de 1959, o revolucionário se tornou uma figura pop, ao estampar milhões de camisetas ao redor do mundo e um personagem histórico que divide opiniões. Che era formado em Medicina, viajou por grande parte da América do Sul e foi morto, em 1967, pelo exército boliviano.
Durante a década de 50, Guevara realizou inúmeras viagens de moto pela América do Sul, passando por países como Chile, Peru, Colômbia e Venezuela. Essa história é contada no filme “Diários de Motocicleta”, de 2004, dirigido por Walter Salles e com Gael Garcia Bernal no papel principal.
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Foram nessas viagens que ele se interessou por ideais revolucionários, que iam de encontro com as ideias de Raúl e Fidel Castro, com quem liderou a Revolução Cubana. Em 1961, como membro do novo governo de Cuba, Che esteve no Brasil e foi condecorado pelo então presidente Jânio Quadros com a “Grã-Cruz da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul”, uma das maiores honrarias nacionais.
Em 1964, Guevara foi para os Estados Unidos, onde fez um discurso na sede da ONU (Organização das Nações Unidas) e, na sequência, abandonou suas funções no governo cubano.
Já entre 1965 e 1966, Guevara tentou levar sua revolução para a atual República Democrática do Congo, onde não foi bem sucedido. Seus últimos dias foram na Bolívia, tentando derrubar a ditadura militar daquele país. Caçado pelo exército boliviano e pela inteligência norte-americana, ele foi executado no dia 9 de outubro de 1967.
POLÊMICAS
Visto como um herói revolucionário por alguns, Che Guevara também é lembrado com resistência. Alguns historiadores apontam crimes contra a humanidade que teriam sido praticados durante a revolução e, posteriormente, a ditadura em Cuba.
No filme “Antes do anoitecer”, de 2000, dirigido por Julian Schnabel, é possível ver como o governo de Fidel Castro perseguiu homossexuais na ilha. No longa, Javier Barden dá vida ao poeta Reinaldo Arenas, que chegou a ser preso e exilado por ter uma opinião contrária à política vigente em Cuba e por ser gay.
Também existem denúncias de intolerância religiosa e campos de trabalho forçado durante a revolução cubana. Em seus diários, Che Guevara chegou até mesmo a narrar o assassinato de inimigos políticos. Alguns historiadores retratam o argentino como um executor frio.
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