O delegado Rafael de Souza Horácio, que disparou arma de fogo e matou um motorista de reboque em Belo Horizonte (MG) na tarde de terça-feira (26), já foi condenado, em 2019, a três anos de prisão por realizar disparos em uma festa em Alfenas, no Sul de Minas.
Além da sentença prisional, o delegado teve que pagar uma multa. Porém, a pena foi convertida em prestação de serviços à comunidade.
Agora, em 2022, Rafael de Souza Horácio, delegado da Polícia Civil, é suspeito de matar com tiro de arma de fogo o motorista Anderson Cândido Melo na Avenida do Contorno, em Belo Horizonte. O motivo seria um desentendimento no trânsito.
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Rafael Horácio teria atirado contra o vidro do caminhão que Anderson conduzia e o disparo atingiu o pescoço do motorista. A vítima foi socorrida e levada para o Hospital de Pronto Socorro João XXIII, mas não resistiu ao ferimento.
Em nota, a Polícia Civil afirmou que o delegado “efetuou disparo de arma de fogo contra o motorista de caminhão, que foi socorrido e faleceu no Hospital João XXIII. O policial civil se apresentou de forma espontânea na delegacia mais próxima, onde a arma de fogo foi recolhida”.
Na noite dessa quarta-feira (27), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), criticou o delegado da Polícia Civil de Minas Gerais. Em sua fala, Zema utilizou a expressão “é inaceitável”.
Também, em nota, o governador de Minas afirmou que o caso está sendo investigado pela Corregedoria-Geral da Polícia Civil. Ainda, a polícia deve ouvir testemunhas e buscar por imagens de câmeras de segurança que tenham registrado o ataque. O prazo para conclusão do inquérito é de 30 dias.
PROTESTO
O velório de Anderson foi realizado na capital e o enterro ocorreu nessa quinta-feira (28) em Igarapé, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Houve uma carreata em homenagem a Anderson. Colegas do motorista se uniram para pedir justiça. A carreata seguiu pelo Anel Rodoviário de BH com destino ao local onde Anderson foi alvejado pelo delegado.
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