Nesta terça-feira (22) a Sejusp ( Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) divulgou, por meio de nota, que no dia 19 de novembro a influenciadora Katiuscia Torres Soares, 34 anos, conhecida como Kat Torres, deu entrada no Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, em Belo Horizonte (MG).
Kat é alvo de uma série de denúncias, entre elas estelionato e tráfico humano. Após ser presa nos Estados Unidos, ela chegou a Minas Gerais no dia 18 de novembro em um voo com outros 51 deportados.
O desembarque ocorreu no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, na região metropolitana da capital mineira, onde ela foi recebida pela Polícia Federal, responsável por cumprir mandado de prisão expedido pela 5ª Vara Criminal de São Paulo. O celular e os documentos da mulher foram apreendidos.
Por meio de nota, o MPF (Ministério Público Federal) informou a prisão preventiva de Kat.
CONFIRA A NOTA NA ÍNTEGRA:
“A ex-modelo Katiuscia Torres está presa preventivamente a pedido do Ministério Público Federal, com cooperação da Polícia Federal e da Interpol. Embora as investigações estejam sob sigilo, o MPF obteve autorização judicial para confirmar a informação. Katiuscia é investigada por tráfico de pessoas e redução a condição análoga à escravidão.
O MPF está colhendo depoimentos de vítimas de forma sigilosa, por meio de videoconferência. Qualquer pessoa que tenha sofrido danos pelas condutas da ex-modelo, já amplamente noticiadas na imprensa, pode procurar o MPF para formalizar seu relato, com a garantia de preservação de sua identidade e sem necessidade de comparecer a uma unidade da instituição. Não é necessária a assistência de advogados.
Basta acessar o MPF Serviços e, na área Protocolar, clicar em Representação inicial (denúncia). Na página seguinte, o(a) usuário(a) deverá preencher o formulário com a descrição dos fatos”.
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INÍCIO DAS INVESTIGAÇÕES
A mulher, nascida em Belém (PA), se apresenta como coach e guru espiritual, com mais de mil clientes pelo mundo todo. Ela passou a ser alvo de investigação depois que as famílias de duas brasileiras denunciaram o desaparecimento das jovens que viviam com ela.
Em outubro, uma delas, Letícia Maia, de 21 anos, natural de Perdões (MG), contou que era mantida em cativeiro e que tinha conseguido fugir, mas que sua amiga, Desirrê Freitas, ainda estava no local.
O vídeo foi respondido pela modelo Yasmin Brunet, que ofereceu ajuda, mas, em resposta, passou a ser acusada de tráfico humano, chegando a registrar denúncia por calúnia, difamação e ameaça contra Letícia.
O caso foi exposto nas redes sociais e após as denúncias das famílias, Kat e as duas jovens foram presas no dia 2 de novembro em Maine, nos EUA. Conforme informações da polícia de imigração, elas estavam ilegais no país.
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