12 de maio de 2024
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Jovens sem ensino básico e fora da escola são quase 10 milhões

Pesquisa aponta que o perfil de jovens nesse grupo é predominantemente de famílias com renda per capita de até um salário-mínimo

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Jovens baixa renda são maioria nesse grupo (Foto: Agência Brasil)

No Brasil, constatou-se que 19,9% de jovens entre 15 e 29 anos não concluíram a educação básica (composta por educação infantil, ensino fundamental e médio) e não frequentam escolas. Essa parcela totaliza 9,8 milhões da população dessa faixa etária.

Os dados são da pesquisa Juventudes Fora da Escola, do Itaú Educação e Trabalho e da Fundação Roberto Marinho, que se baseou na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios feita em 2022 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Além disso, o levantamento descobriu os perfis socioeconômicos mais afetados, as justificativas e situação desses jovens. (leia mais abaixo)

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A maioria desses jovens (78%) provém de famílias com renda per capita de até um salário-mínimo (R$ 1.412,00), e sete em cada dez (70%) são negros. Além disso

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  • 43% não terminou o Ensino Fundamental
  • 22% completaram o Ensino Fundamental mas não iniciaram o Médio
  • 35% têm o Ensino Médio incompleto.

Oito a cada dez desses jovens estão fora da escola há mais de dois anos – a média, segundo a pesquisa, é de seis anos fora da escola. Esses jovens, em sua maioria (84%), constituem a força de trabalho – 69% estão ocupados e, desses, 67% estão ocupados na informalidade.

“Os dados revelam a questão do mundo do trabalho como central na decisão desses jovens que estão fora da escola, seja na tomada de decisão para interromper os estudos, seja para retomá-los. Temos o compromisso constitucional de, na escola, formarmos profissionalmente os jovens, para que eles tenham condições de garantir inserção produtiva digna e dar sequência na carreira que desejarem optar”, destaca a superintendente do Itaú Educação e Trabalho, Ana Inoue.

A pesquisa mostra que 73% dos jovens disseram que pretendem concluir a educação básica. Entre as principais razões para terminar o ensino, os jovens apontam a perspectiva de melhora da condição profissional:

  • Ter um emprego melhor (37%)
  • Arrumar um emprego (15%)
  • Desejo de cursar uma faculdade (28%).

Já os 27% que responderam não pretender concluir o ensino indicaram como principais razões:

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  • Necessidade de trabalhar (32%)
  • Precisar cuidar da família (17%)

Do total de jovens ouvidos, 92% concordam que concluir a educação básica ajudaria a ter melhores oportunidades de trabalho

“Fortalecer a educação profissional e tecnológica é fundamental nesse sentido, para que os jovens tenham formação adequada e alinhada às tendências do mundo do trabalho, assim como é urgente criarmos condições para que essa parcela da população estude e tenha oportunidades profissionais”, ressalta Inoue.

Em nota, o Ministério da Educação disse que o governo federal instituiu em 2024 o programa Pé-de-Meia, destinado a promover a permanência e a conclusão escolar de pessoas matriculadas no ensino médio público. “Seu objetivo é democratizar o acesso e reduzir a desigualdade social entre os jovens do ensino médio, além de promover mais inclusão social pela educação, estimulando a mobilidade social”. 

*Com informações de Agência Brasil

**Sob supervisão de Marcos Andrade

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Janaína Boaventura
Estagiária no Tudo EP e nA Cidade ON, é graduanda em Estudos Literários pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Adentrou no Grupo EP em 2024 e atua nos conteúdos digitais, enfaticamente com a parte textual.
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