1 de junho de 2024
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Países registram alta de casos de antissemitismo e islamofobia

Analistas afirmam que aumento está relacionado ao preconceito enraizado contra as duas comunidades em diversas sociedades

Desde o ataque do grupo Hamas contra Israel, no dia 7 de outubro, e a resposta israelence na Faixa de Gaza, casos de antissemitismo e islamofobia tem sido registrados com mais frequência em diferentes partes do mundo. Os ataques de ódio incluem assédio verbal, intimidação, ameaças e agressões físicas.

De acordo com a Conib (Confederação Israelita do Brasil), aqui no país o aumento dos casos de antissemitismo é de 1.200%. Hoje, o Brasil é o lar da segunda maior comunidade judaica da América Latina, com 120 mil judeus. Porém, tem sido o palco de casos como os cartazes que foram colocado no Rio de Janeiro com a frase: “Judeu, câncer do mundo”.

As denúncias são registradas em um canal aberto pela Conib e enviadas para a polícia e o Ministério Público.

ISLAMOFOBIA

O mesmo acontece contra muçulmanos, uma comunidade de 800 mil a 1,5 milhão de pessoas no Brasil, segundo a Fambras (Federação das Associações Muçulmanas no Brasil). Casos de preconceito foram registrados sobretudo em São Paulo, onde a comunidade de refugiados de origem islâmica é maior. No bairro do Bom Retiro, centro da capital paulista, um casal de refugiados afegãos foi chamado de terrorista e de militantes do Hamas por estar usando vestes islâmicas.

Segundo analistas, a alta está relacionada a um preconceito enraizado contra as duas comunidades em diversas sociedades. “Costumo dizer que quando vemos uma onda de racismo desencadeada por um fato específico, isso é sinal de que o racismo estava ali antes”, declarou Michel Gherman, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e assessor acadêmico do IBI (Instituto Brasil Israel). 

 

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ANTISSEMITISMO

Nos EUA, os casos de antissemitismo cresceram 400%, enquanto ataques contra muçulmanos chegaram ao maior número registrado desde 2015. Mais de 770 queixas foram registradas pelo Cair (Conselho de Relações Islâmico-Americanas).

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As hostilidades têm crescido também no ambiente acadêmico e despertaram a atenção da Casa Branca, que emitiu um comunicado confirmando o “aumento alarmante” de ataques antissemitas em escolas e universidades. Na Universidade de Cornell, uma das mais prestigiadas dos EUA, ameaças de mortes contra judeus foram publicadas na internet após o dia 7.

EUROPA

Em países europeus, os relatos de antissemitismo e islamofobia são constantes desde antes da guerra, mas se agravaram após o dia 7. A França registrou 588 atos antissemitas após o início do conflito, resultando em 336 pessoas presas.

Na Alemanha, houve o registro de 202 ataques antissemitas. Em ambos países, pichações de estrelas de Davi em apartamentos e comércios judaicos, comuns durante o Terceiro Reich, se multiplicaram. Em Londres, 174 crimes de islamofobia foram registrados entre o dia 7 e o dia 28 de outubro, ante 65 do ano passado.

Para Natalia Nahas, doutora em ciência política e pesquisadora do Núcleo de Trabalho do Oriente Médio e Mundo Muçulmano da USP, os crimes de ódio não contribuem para que ocorra um entendimento do que está acontecendo no Oriente Médio. “Não ajudam em uma maior compreensão das violações de direitos humanos e nem em uma solução negociada. Preocupa que essas linhas continuem a serem ultrapassadas”, declarou.

*Com informações do jornal O Estado de S. Paulo e Agência Estado  

 

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Larissa de Morais
Formada pela Universidade São Francisco, é Assistente de Mídias Digitais do Tudo EP, ACidade ON e EPTV Campinas, onde também foi estagiária de jornalismo. Com passagem por sites de entretenimento e jornalismo independente, tem experiência em redação de material jornalístico para editorias de diferentes segmentos de hard e soft news e em produção de conteúdo para redes sociais.
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