A cidade de Passos, no Sul de Minas, registrou em apenas duas semanas aumento de mais de 1.000% em casos suspeitos de dengue. Segundo informações da Prefeitura, é possível que o número de pessoas com dengue no município seja superior a 600.
Ainda, dados da SES-MG (Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais) apontam que, em 10 de janeiro, Passos tinha 32 casos prováveis da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Já em 23 de janeiro, apenas 15 dias depois, o número era de 357 registros.
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Para o diretor municipal de Saúde Coletiva, Bruno Guimarães, os dados levantados indicam alto risco para infestação do mosquito no município. “Segundo o LIRAa (Levantamento de Índice Rápido por Infestação por Aedes aegypti) revisado na primeira semana de janeiro de 2023, tivemos uma infestação de 5,4%, o que indica alto índice de infestação pelo mosquito“, avalia.
De acordo com Guimarães, medidas protetivas já estão sendo tomadas. “Estamos aqui hoje adotando medidas preventivas para controle e combate da dengue no nosso município, onde estaremos realizando vários mutirões nos locais que apresentarem maior índice. Esses mutirões vão ter início a partir do dia 3 de fevereiro e as ações serão coleta de todo tipo de material inservível e depósitos passíveis de criadouros para o mosquito Aedes aegypti”, explica.
LIRAA
Para a coordenadora estadual de Vigilância das Arboviroses da SES-MG, Danielle Capistrano, a partir dos resultados da pesquisa, as cidades podem otimizar e direcionar as ações de controle do mosquito, delimitando áreas de maior risco.
Ainda, segundo Danielle, é possível avaliar as metodologias de controle e contribuir para as atividades de comunicação e de mobilização por meio de ampla divulgação dos resultados dos índices.
“Em casos de municípios mais críticos, existe, ainda, o apoio da força estadual em todos os eixos envolvidos, como assistência, laboratório, controle de vetor, comunicação e mobilização, vigilância epidemiológica e gestão”, destaca Danielle.
Por meio do LIRAa, é possível identificar, inclusive, os recipientes onde o mosquito está procriando, como, por exemplo, pratinhos sob os vasos de plantas, pneus velhos e garrafas destampadas, e quais regiões específicas do município encontram-se em situação de risco.
Embora a Vigilância não considere apenas este levantamento para avaliar a situação epidemiológica do Estado quanto à Dengue, Zika e Chikungunya, os dados apresentados pelo LIRAa podem ser considerados como um indicativo de alerta para os locais com possibilidade mais acentuada de aumento no número de casos.
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