Nesta terça-feira (7), o primeiro-ministro de Portugal, António Costa (Partido Socialista), renunciou ao cargo. O anúncio da demissão foi feito em pronunciamento na TV, após o ex-premiê ser alvo de uma investigação do Ministério Público sobre projetos irregulares de lítio e hidrogênio verde.
Ele declarou que “foi surpreendido” com a informação de que estava sendo alvo de investigações. “Estava totalmente disposto a me dedicar com toda a energia a cumprir o mandato até ao termo desta legislatura”, afirmou. Costa disse ainda que os próximos passos serão anunciados pelo presidente Marcelo Rebelo de Sousa, e está “totalmente disponível para colaborar com a Justiça”.
Conforme informado pela Procuradoria Geral da República portuguesa, as investigações que motivaram os mandados de busca, apreensão e detenção foram as irregularidades em concessões de exploração de lítio nas minas da região formada pelos municípios de Montalegre e Boticas.
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Um projeto central de produção de energia a partir de hidrogênio na cidade de Sines também está sendo investigado, assim como um projeto para a construção de um datacenter, também em Sines, pela empresa Start Campus.
Ao menos cinco pessoas foram detidas pela investigação, de acordo com a CNN Portugal. Dentre elas, o empresário Diogo Lacerda Machado, que se apresenta como amigo pessoal de António Costa. O chefe de gabinete do primeiro-ministro, Vítor Escária, e o presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, também foram detidos.
Além do gabinete do ex-primeiro-ministro de Portugal, foram cumpridos 20 mandados de buscas nos seguintes locais:
– Ministério do Ambiente e da Ação Climática;
– Ministério das Infraestruturas;
– Secretaria de Estado da Energia e Clima;
– Câmara Municipal de Sines;
– E na sede/espaços de outras entidades públicas.
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