A jornalista Sandra Annenberg foi parar no hospital na noite desta quinta-feira (16) após pisar em uma taturana. “Alguém sabe que bicho é esse? Pisei nele e meu pé está pegando fogo!!! Uma dor insuportável!!! Socorro!!!”, perguntou a apresentadora do Globo Repórter (EPTV/TV Globo) aos seguidores, na legenda de um vídeo publicado nas suas redes sociais.
Nos comentários, muitos indicaram que a artista buscasse ajuda médica. Uma hora depois, Sandra publicou uma foto recebendo medicamentos na veia em um hospital.
“É uma lagarta cachorrinho, mas é de menor preocupação. Geralmente não é necessário ir ao médico, apenas se persistir a coceira e vermelhidão. Fica tranquila”, escreveu o biólogo Henrique Abrahão Charles na postagem da jornalista.
Apesar de causar dores e queimaduras, a taturana citada pelo biólogo não é a mais venenosa do Brasil. Segundo o Instituto Butantan, as lagartas do gênero “Lonomia Oblíqua” são as mais perigosas do país, uma vez que seus “espinhos” contêm um veneno que pode causar síndrome hemorrágica, com sangramento na gengiva e na urina, insuficiência renal aguda, e até a morte na falta de um tratamento correto.
Atualmente, o tratamento disponível para reverter os efeitos do envenenamento é a utilização do soro antilonômico produzido pelo Butantan desde 1994, único produtor do medicamento no mundo.
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Porém, os acidentes com “Lonomia” nem sempre causam envenenamento e a gravidade do caso depende da quantidade de lagartas que a pessoa tocou e o quanto de veneno foi inoculado a partir do contato, se foi um contato leve ou se houve pressão sobre as cerdas.
Segundo o Ciatox (Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Goiás), os sintomas preocupantes do contato com a “Lonomia” são dor e queimação local, seguidas de dor generalizada pelo corpo; dor de cabeça, náuseas e vômitos; sangramentos na gengiva, nariz e urina; manchas escuras no local ou em outras partes do corpo.
Como identificar a Lonomia obliqua
As taturanas “Lonomia obliqua” vivem em regiões de florestas, mas podem ser encontradas no meio rural, no solo úmido com folhas secas, e nas áreas urbanas, árvores frutíferas como mangueira, abacateiro, goiabeira, e árvores do cerrado (ipê, cedro e aroeira etc).
Elas possuem coloração marrom-clara esverdeada com listras castanho-escuras e várias “pintas” brancas distribuídas ao longo do corpo, que é recoberto por espinhos em forma de “pinheiros” verde-claros.
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