Dois produtores de queijos artesanais no Sul de Minas foram premiados na última edição do Concurso Confederação Nacional da Agricultura (CNA) Brasil Artesanal, ocorrida em julho. As cidades de Alagoa (MG) e Aiuruoca (MG) receberam prêmios pelo segundo e quinto lugares, respectivamente, na categoria “Queijos Artesanais Tradicionais de 30 a 180 dias de maturação”.
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MEDALHA DE PRATA
Em Alagoa, o produtor Francisco Antônio de Barros Júnior, da fazenda Sabor da Alagoa, recebeu a medalha de prata na categoria. Ele conquistou o segundo lugar com o queijo tradicional de Alagoa Maturado, mesma colocação conquistada em 2021 com o queijo de Alagoa temperado com manjericão.
A empresa é familiar e Francisco conta com a ajuda da esposa, filhos e noras. O processo de produção começa com a criação do gado leiteiro, passa pela ordenha, produção, maturação e distribuição dos produtos.
De acordo com o Programa de Assistência Técnica e Gerencial da Agroindústria (ATeG), promovido pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), a história do queijo tradicional de Alagoa tem início há mais de dois séculos com uma receita italiana de queijo parmesão dos imigrantes Paschoal Poppa, Gumercindo Ferreira Pinto e João Fonseca.
Hoje, o município é reconhecido pela produção de laticínios de alta qualidade. Com cerca de 2,7 mil habitantes, Alagoa tem condições geográficas favoráveis à produção: a cidade fica a mais de 1,1 mil metros de altitude, com clima e terroir propícios à cultura do gado leiteiro.
AIURUOCA
Vizinho a Alagoa, o município de Aiuruoca, também possui característica geográficas semelhantes, o que também torna a localidade especial para o desenvolvimento de produtos lácteos de alta qualidade.
São essas características favoráveis, unidas a especialização no segmento, que renderam a Arnaldo Borges, da Fazenda JM, o 5º lugar no concurso do CNA. O produtor também é atendido pelo Programa ATeG e começou a desenvolver os queijos especiais há cerca de cinco anos. Entre os critérios, Arnaldo utiliza somente matéria-prima com procedência comprovada e faz questão de garantir o melhor tratamento aos animais.
“Eu já li sobre projetos em que as pessoas criam gado com música clássica. Digo isso para ilustrar que quando damos bom tratamento ao animal, ele percebe esse amor e te retribui da melhor maneira, com saúde, qualidade de vida e produtos de qualidade”, diz. Segundo o produtor, o leite usado na produção vem do gado jersey criado solto em pastagem e com bezerro no pé.
Arnaldo diz, ainda, que o quinto lugar foi bastante positivo, uma vez que a queijaria é recente. “Nas minhas próximas participações, vou caprichar ainda mais no produto. Eu, como produtor e consumidor, sei que o queijo que produzimos é delicioso. Quero mostrar isso para mais pessoas e em mais lugares”, revela.
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