12 de dezembro de 2024
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Telescópio da NASA flagra Buraco Negro “mordiscando” estrela

Fenômeno chamou atenção de astrônomos; entenda o que aconteceu

 

 

O Observatório Neil Gehrels Swift, uma das principais instalações da NASA, recentemente fez uma descoberta, onde foi possível observar um evento raro e intrigante: um buraco negro em ação, “mordiscando” uma estrela semelhante ao nosso próprio Sol. 

Essa descoberta aconteceu na galáxia 2MASX J02301709+2836050, localizada a uma distância de 500 milhões de anos-luz da Terra. O objeto, conhecido como Swift J023017.0+283603, foi inicialmente detectado em junho de 2022, mas os detalhes de suas interações cósmicas foram revelados apenas recentemente, em uma publicação na respeitada revista científica Nature Astronomy, datada da última quinta-feira (7). 

O que torna esse evento tão intrigante é o fenômeno conhecido como “evento de perturbação de marés”. Quando uma estrela se aproxima perigosamente de um buraco negro gigante, as forças gravitacionais geram marés tão intensas que a estrela é despedaçada, transformando-se em um rastro de gás que lembra a forma de um espaguete cósmico. Uma parte desse rastro é atraída pelo buraco negro, enquanto a outra parte escapa do sistema. 

Astrônomos monitoram esses eventos cósmicos através de flashes de luz em diversos comprimentos de onda. Isso acontece quando os destroços da estrela colidem com um disco de material que já orbita o buraco negro. No entanto, o Swift J0230 apresenta uma particularidade notável: seus eventos de perturbação de marés ocorrem em intervalos irregulares e não levam a uma completa desintegração da estrela, como acontece em outros casos.  

 

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O Swift J0230, a cada poucas semanas, se aproxima do buraco negro e sofre uma pequena “mordida” cósmica. A força gravitacional desse buraco negro, que é mais de 200 mil vezes mais massivo do que o nosso próprio Sol, arranca uma fração do material da estrela, mas permite que ela continue em sua órbita. Estima-se que a estrela perca cerca de três vezes a massa da Terra a cada “mordida”, levando, eventualmente, à sua completa destruição. 

Os cientistas também têm estudado variações desse tipo de fenômeno astronômico em outros sistemas estelares, como o notável caso do ASASSN-14ko, onde uma estrela gigante perde massa para o buraco negro que a orbita a cada 114 dias. 

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Rafaela Viveiros
Formada em Jornalismo pela Universidade Paulista (Unip). Jornalista do Grupo EP, repórter do Tudo EP, está no portal desde 2021 e possui experiências com produção de matérias para os portais, edição de vídeos, imagens e criação de conteúdo para as redes sociais.
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