13 de dezembro de 2024
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Ufla vai transformar TV box em computadores para escolas

Projeto sustentável da Universidade Federal de Lavras com Ministério das Comunicações vai doar 3 mil minipc em dois anos

A Ufla (Universidade Federal de Lavras), no Sul de Minas, e o Ministério das Comunicações firmaram parceria para um projeto que visa transformar aparelhos do tipo TV box (gatonet) em minicomputadores destinados à rede pública de ensino básico. A meta é a doação de 3 mil minipc até 2025.

A primeira etapa da parceria é a criação de um laboratório no Departamento de Ciência da Computação da Ufla para realizar a descaracterização dos equipamentos, o que significa dar a eles uma nova função.

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O novo laboratório será um CRC (Centro de Recondicionamento de Computadores), termo dado pelo Ministério das Comunicações aos espaços que promovem a inclusão digital por meio do recondicionamento de equipamentos eletrônicos.

TV BOX EM MINICOMPUTADOR

O propósito do projeto é que, no futuro CRC da Ufla, os equipamentos de TV box apreendidos por autoridades federais de fiscalização sejam transformados em minicomputadores para utilização em escolas públicas.
 

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Segundo a universidade, isso é possível com a remoção do software que dá acesso ilegal aos canais de TV por assinatura. Assim, uma nova configuração faz o aparelho funcionar como um minicomputador, no qual são instalados softwares educacionais, promovendo a inclusão digital através do acesso dos alunos à tecnologia.

Além disso, o projeto visa também estudar os equipamentos para investigar e elaborar melhores práticas de descaracterização de diversos modelos de TV box. Serão pensadas, inclusive, estratégias para dificultar a instalação de softwares ilegais. 

A Ufla e o Ministério das Comunicações vão, ainda, produzir relatórios técnicos e tutoriais dos processos desenvolvidos para que a descaracterização seja replicada em todo o território nacional, por meio da rede brasileira de CRCs.

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RESULTADOS SUSTENTÁVEIS

O projeto é também sustentável. Ao serem eliminados, os receptores apreendidos em operações que combatem o contrabando e a importação irregular de mercadorias geram custo de armazenamento, lixo eletrônico e gastos com o dinheiro público. Segundo a Receita Federal, somente em março de 2022, foram destruídos 111 mil aparelhos de TVs box irregulares.  

De acordo com a Ufla, em vez de destruir os objetos, o projeto para descaracterização dos receptores promoverá não só a inclusão digital, como também a sustentabilidade. “Ao reutilizar equipamentos que seriam tratados como lixo eletrônico, o impacto ambiental é evitado e ainda são poupados recursos públicos que seriam gastos na aquisição de bens para uso administrativo”, diz a universidade.  

A equipe responsável pelo projeto de destinação sustentável dos aparelhos de TV box acredita que os resultados irão elevar ainda mais a percepção do compromisso de sustentabilidade da Ufla, considerada a 2ª universidade mais sustentável do Brasil.

Fazem parte do projeto profissionais de diferentes setores da universidade: Diretoria de Gestão de Tecnologia e Informação (DGTI); Coordenadoria de Educação a Distância (CEAD); Departamento de Ciência da Computação (DCC); Departamento de Computação Aplicada (DAC) e Departamento de Gestão Educacional, Teorias e Práticas de Ensino (DPE).
 

De acordo com a Ufla, neste mês de janeiro será iniciado o processo seletivo para que sete estudantes de graduação participem da iniciativa. As informações a respeito serão divulgadas pelo Departamento de Ciência da Computação (DCC).

O projeto da Ufla tem parceria com a Delegacia da Receita Federal em Varginha, no Sul de Minas. Com base nos números regionais, a estimativa é que, ao final de dois anos, tenham sido entregues 3 mil aparelhos de modelos distintos para uso educacional da rede pública de educação básica.

GATONET

O aparelho de TV box não é ilegal por si só. Quando conectado à internet, a TV box permite, por meio de um sistema operacional inteligente, que o usuário acesse plataformas de streaming, baixando aplicativos diretamente pelo dispositivo.

Já os aparelhos ilegais são aqueles não homologados pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e destinados à recepção de sinais de TV a cabo ou de vídeo sob demanda para acessar conteúdos protegidos por direitos autorais, o que é crime.

A agência reguladora determina que tanto a comercialização quanto a utilização de produtos para telecomunicações irregulares são passíveis de sanções administrativas que podem ir de advertência a multa, além da apreensão dos equipamentos.

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