A Unifal (Universidade Federal de Alfenas) emitiu na manhã desta segunda-feira (9) uma nota aberta à comunidade em que repudia os ataques terroristas que ocorreram na Praça dos Três Poderes em Brasília neste domingo (8).
Além de repudiar os atos antidemocráticos, a nota lembra que a vontade popular nas urnas deve ser respeitada. ” A reitoria da Universidade Federal de Alfenas manifesta seu veemente repúdio e preocupação em relação aos violentos ataques perpetrados hoje, em Brasília/DF, contra o Estado Democrático de Direito, representado em suas três dimensões: Executivo, Legislativo e Judiciário. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, empossado no dia 1º de janeiro de 2023, foi eleito democraticamente pela maioria da população brasileira. A vontade popular expressa nas urnas deve ser respeitada e defendida por todos os cidadãos e por todas as instituições públicas e privadas”, diz.
A Unifal diz ainda que, enquanto instituição de ensino, de pesquisa, de extensão defende os direitos humanos, a liberdade de expressão, porém, não compactua com atos terroristas que atentam contra a democracia. “Que os atos vergonhosos e antidemocráticos sejam apurados e os responsáveis, inclusive os financiadores, sejam punidos de maneira exemplar pela Justiça.”, diz.
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Para o reitor da universidade, professor Sandro Amadeu Cerveira, é importante a manifestação das universidades e entidades representativas nesse momento, uma vez que os atos são contrários à democracia. “Estamos diante de atos que atacam o regime democrático em suas bases, dado que atacam as instituições estruturais da República: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. As universidades são parte não apenas do Estado brasileiro, mas instituições necessárias e fundamentas na estruturação da própria democracia e não poderiam se calar nesse momento tão grave quanto simbólico”, disse.
Entidades repudiam atos terroristas
Em nota, a Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior) afirma que os atos são intoleráveis, inaceitáveis e inescusáveis. “Os danos contra o patrimônio, contra a soberania popular e contra o Estado de Direito devem ser apurados com todo o rigor, não poupando nenhum terrorista, financiador e articulador desses atos criminosos, bem como aqueles que tenham viabilizado, ainda que por omissão, esse atentado às instituições brasileiras”, assinalam.
Já a Foripes (Fórum de Reitores das Instituições Públicas de Ensino Superior) também se manifestou e defendeu a responsabilização e condenação dos atos que considerou como golpistas e covardes. “Este é um grave ataque contra a democracia e o povo brasileiro, que decidiu, de forma legítima na eleição de outubro de 2022, por um novo presidente, o já empossado Luiz Inácio Lula da Silva, e um novo rumo da nossa nação. Este ataque golpista e covarde não fere apenas os três poderes da República, mas toda nação. Patriotas não destroem bens públicos ou atacam servidores no exercício de suas funções constitucionais. Cabe agora que estes terroristas sejam responsabilizados e condenados com rigor da lei”, ressaltou.
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