O autismo é um transtorno global do desenvolvimento com sintomas presentes desde a infância. O DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos mentais, 5 edição) caracteriza o TEA (Transtorno do Espectro Autista) com base nos seguintes critérios:
Disfunções na área social – dificuldades nas interações sociais. Parecem não escutar. Não conseguem manter contato visual direto. Dificuldades de compartilhar interesses com os outros. Se divertem mais com animais e objetos do que com as pessoas. Muito previsíveis. Podem apresentar risadas fora do contexto.
Deficiências na comunicação – dificuldades na comunicação verbal e não verbal e na área da linguagem. Dificuldades em compreender gestos, expressões faciais e as emoções dos outros.
Disfunções comportamentais – movimentos repetitivos, rotinas rígidas, sensibilidade sensorial exacerbada e inflexibilidade.
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A área social é sempre a mais prejudicada e de fundamental importância para obtenção do diagnóstico que deve ser realizada por psiquiatras e neurologistas através de entrevistas, observações e neuroimagens. A intensidade dos sintomas é altamente variável e pode apresentar níveis de gravidade, por isso a manifestação do autismo é reconhecida como um espectro. Apresentando 3 níveis:
Nível 1 – é o autismo com sintomas mais leves, conhecido também como o antigo Asperger e não há deficiência intelectual.
Nível 2 – Intermediário. Os sintomas são de gravidade moderada. Podem precisar de apoio para lidar com as atividades diárias.
Nível 3 – autismo grave com muitos prejuízos na vida social. Alta necessidade de assistência, apoio afetivo e especializado.
Conhecer e aceitar o diagnóstico do autismo envolve aprender sobre o assunto para lidar melhor com as dificuldades, bem como descobrir os talentos, dons e pontos fortes.
Pode acontecer que os pais ao começarem a estudar e compreender melhor o diagnóstico de seus filhos, eles próprios podem se perceber com características do espectro autista. Essa suspeita, no primeiro momento, pode gerar um turbilhão de emoções desafiadoras e dúvidas. E por isso, o mais recomendado é buscar uma avaliação profissional com especialistas da saúde mental para confirmar ou descartar essa hipótese. Esse foi o caso da atriz bem sucedida, Letícia Sabatella, que após receber o diagnóstico de autismo da sua filha, Clara, foi buscar estudar mais sobre o assunto e reconheceu em si mesma muitas características do espectro. Foi essa experiência que a despertou para realizar uma avaliação psiquiátrica que resultou em seu diagnóstico tardio de autismo nível 1.
O diagnóstico ainda que tardio pode contribuir para melhorar a qualidade de vida da pessoa e também evitar o desenvolvimento de comorbidades psiquiátricas como ansiedade e depressão. Muitas pessoas com TEA relatam que a compreensão do diagnóstico traz alívio emocional por compreender com mais clareza seu funcionamento e a liberdade de ser quem se é com mais leveza e menos culpas.
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