11 de dezembro de 2024
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Tudo Saúde

Covid-19 pode ser detectada em lágrimas, aponta estudo da USP

Estudo feito no Hospital das Clínicas de Bauru aponta que vírus pode ser detectado na superfície ocular; Novidade pode reduzir o desconforto nos exames

Uma pesquisa realizada por cientistas da USP (Universidade de São Paulo) concluiu que o vírus da Covid-19 pode ser detectado em lágrimas. O método de coleta do material para exames seria o mesmo usado nos testes nasal e oral, com o uso de uma haste flexível com algodão na ponta, chamada de swab.

O estudo foi feito com pacientes internados no Hospital das Clínicas de Bauru (SP) diagnosticados com a doença através de testagens convencionais. Em 18,2% dos casos, os pesquisadores conseguiram detectar o SARS-CoV-2 na superfície ocular. 

 

 

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A mudança no exame poderia ser uma alternativa ao swab nasal e oral, que causa desconforto nos pacientes. O estudo também indica que, apesar de baixo, há risco de transmissão do vírus pela lágrima.

Além disso, a combinação de dois fatores mais comorbidades e maior taxa de mortalidade entre pacientes com teste positivo na lágrima sugere que a detecção viral pode auxiliar no prognóstico da doença. Os resultados foram publicados em artigo no Journal of Clinical Medicine.

“No início da pesquisa, pensamos em buscar um método de diagnóstico fácil, com a coleta de material sem tanto incômodo para os pacientes. O swab nasal, além de provocar desconforto, nem sempre é usado da maneira correta. Para pessoas com desvio de septo nasal, por exemplo, pode ser um problema. Achávamos que a lágrima seria mais fácil de executar, mais tolerável. Conseguimos mostrar que é um caminho. Uma limitação nesse estudo é que não sabemos se a quantidade de lágrima coletada influencia na positividade ou não”, afirma o autor correspondente do artigo, o professor Luiz Fernando Manzoni Lourençone, da Faculdade de Odontologia de Bauru e do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais, ambos da USP.

Segundo o pesquisador, é possível inferir que a probabilidade de detectar o vírus em amostras lacrimais é maior em pacientes com carga viral alta, que pode levar a um quadro de viremia disseminada por diversos fluidos corporais.  (Com informações do Governo de SP)

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Marcos André Andrade
Marcos André Andrade é formado em jornalismo pela Unesp e pós-graduado em Gestão da Comunicação em Mídias Digitais pelo Senac. No Grupo EP desde 2022, é editor do Tudo EP e foi repórter do acidade on Campinas. Tem passagens pela Band Campinas, Rádio Bandeirantes de Campinas e Rádio Band News de Campinas, onde desempenhou as funções de âncora, editor, produtor e repórter.
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