De acordo com o DATASUS (Sistema de Informações em Saúde do Ministério da Saúde), o inverno está associado a um aumento no número de casos de infarto e AVC. Esse aumento ocorre devido às reações do organismo em relação ao frio. Para manter a temperatura interna corporal em torno de 36,1ºC, o corpo estimula a produção de catecolaminas, que aceleram o metabolismo para evitar a perda de calor e proteger os órgãos vitais.
Esse mecanismo resulta na constrição dos vasos sanguíneos que irrigam a pele (observável no resfriamento de mãos, pés, nariz e orelhas) e exige um esforço adicional do coração para bombear o sangue. Além disso, no frio as pessoas tendem a sentir menos sede e ingerem menos líquidos, o que pode levar à desidratação. O sangue mais denso e viscoso coagula com maior facilidade, contribuindo para o aumento da pressão sanguínea.
As baixas temperaturas e o aumento da pressão sanguínea sobrecarregam o coração, facilitando o desprendimento de placas de gordura nas artérias, o que pode levar ao bloqueio do fluxo sanguíneo para o coração e o cérebro.
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Como evitar um infarto no inverno?
Mantenha uma alimentação equilibrada, reduzindo o consumo de gorduras saturadas, açúcar e sal, para controlar os níveis de colesterol, glicemia e pressão arterial.
Evite exercícios físicos intensos em temperaturas baixas. O esforço físico durante o exercício demanda mais oxigênio para os músculos, o que pode sobrecarregar o coração. Portanto, é importante fazer um aquecimento mais lento e prolongado e utilizar roupas adequadas para manter o calor corporal. Peças justas, que fiquem em contato direto com a pele, oferecem melhor isolamento térmico e proteção contra o frio.
O ideal é evitar a prática de exercícios ao ar livre quando a temperatura estiver abaixo de 14ºC.
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