2 de junho de 2024
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50 deputados já apoiam projeto que pode anistiar Bolsonaro

Proposta pretende anistiar todos os crimes eleitorais cometidos desde 2016, incluindo o abuso de poder pelo qual Bolsonaro foi condenado

 

Um projeto de lei para anistiar todos ilícitos eleitorais cometidos no Brasil desde 2016 foi apresentado na Cãmara dos Deputados na última sexta-feira (30) e já tem o apoio de 50 deputados federais. Se for aprovada, a proposta, assinada pelo parlamentar Sanderson (PL-RS), irá anular a condenação do ecx-presidente Jair Bolsonaro (PL) por abuso de poder. 

Tentando angariar forças para acelerar a tramitação do texto na Câmara, Sanderson pretende apresentar um requerimento de ampliação da lista de co-autores do projeto.  Ele pretende demonstar que a direita está articulada e em condições de fazer a proposta avançar. 

 

 

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“O Parlamento tem o dever de enfrentar temas como o da anistia, proposto por mim e outros 70 parlamentares, de interesse nacional, evitando assim uma injustiça com alguém que em 2 eleições teve 120 milhões de votos e está sendo calado mesmo sem ter praticado crime algum”, disse Sanderson ao Estadão. 

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Além dos 50 deputados que já assinaram o projeto, outros 22 manifestaram apoio à medida, mas ainda não tiveram suas assinaturas juntadas ao texto original em tramitação. Na próxima quinta-feira, 6, parlamentares do PL farão uma reunião para discutir o andamento do projeto na Câmara. 

Depois de recolhidas as assinaturas iniciais, os deputados bolsonaristas planejam apresentar requerimento de urgência para levar o caso diretamente ao plenário da Câmara. A medida, no entanto, depende do aval do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), que possui a prerrogativa de montar a pauta das votações. 

Como revelou o Estadão, a proposta de anistia de Bolsonaro e outros políticos começou a ser gestada antes mesmo de o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) concluir o julgamento que tornou o ex-presidente inelegível até 2030. 

Pelo texto protocolado, Deltan Dallagnol (Podemos-PR), que teve o mandato de deputado federal cassado pelo TSE, seria também beneficiado pelo projeto, caso ele avance. 

O autor da medida argumenta que cassações de mandato e determinação de inelegibilidade devem ser decisões soberanas do Congresso. Se prosperar, a Câmara poderia ter força para derrubar o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, caso a proposta vá à sanção. 

“Crimes eleitorais não se enquadram nas vedações da anistia”, diz o deputado. Ou seja, Bolsonaro é alvo de ação na esfera eleitoral e, portanto, pode ser beneficiado. 

Para ele, o julgamento realizado pelo TSE se tratou de uma perseguição ao ex-presidente e a políticos de direita. Até mesmo parlamentares de partidos da base do governo Lula, com União Brasil e MDB, assinaram a medida. Um deles é o deputado federal Rodrigo Valadares (União Brasil -SE), que classifica a decisão do TSE como “política”. 

“Vamos levar esse caso ao Plenário, e de forma democrática, iremos decidir. Uma decisão política, meramente revanchista, afastou o maior rival político do Governo atual. O Parlamento irá corrigir essa injustiça com o ex-presidente que nenhum crime cometeu, e silenciou mais de 58 milhões de brasileiros”, disse Valadares. 

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Marcos André Andrade
Marcos André Andrade é formado em jornalismo pela Unesp e pós-graduado em Gestão da Comunicação em Mídias Digitais pelo Senac. No Grupo EP desde 2022, é editor do Tudo EP e foi repórter do acidade on Campinas. Tem passagens pela Band Campinas, Rádio Bandeirantes de Campinas e Rádio Band News de Campinas, onde desempenhou as funções de âncora, editor, produtor e repórter.
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