15 de dezembro de 2024
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Consumo nos lares brasileiros registra alta de 3,89% em 2022

No último trimestre do ano, indicador permaneceu em patamar acima de 3%, com altas acumuladas em outubro (3,02%), novembro (3,52%) e dezembro (3,89%)

O Consumo nos Lares Brasileiros encerrou 2022 com alta de 3,89%, na comparação com 2021. Os dados são da Abras (Associação Brasileira de Supermercados) e apontam que no último trimestre do ano, o indicador permaneceu acima de 3%, com altas acumuladas em outubro (3,02%), novembro (3,52%), dezembro (3,89%). No último mês de 2022, houve alta de 15,19% ante novembro. Na comparação com dezembro de 2021, a alta é de 6,23%. 

Os números são deflacionados pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), medido pelo IBGE ( Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e contempla os formatos de loja: atacarejo, supermercado convencional, loja de vizinhança, hipermercado, minimercado e e-commerce. 

 

 

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“As medidas de estímulo à economia, adotadas pelo governo federal sustentaram o consumo nos lares brasileiros ao longo de 2022. No cenário macroeconômico, a deflação no preço dos alimentos básicos, o pagamento do pacote de benefícios sociais, o aumento do emprego formal deram impulso ao consumo de forma ainda mais expressiva no último trimestre”, diz a Abras.

De acordo com a entidade, o resultado superou as projeções estimadas entre 3% e 3,30%. Essas estimativas foram revistas em agosto após a liberação do pacote de benefícios de cerca de R$ 42 bilhões pelo governo federal para os programas auxílios Brasil, Gás, Caminhoneiro e Taxista. Analistas da entidade calcularam, na época, que cerca de 50% do montante seria destinado à compra de alimentos nos supermercados.

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“A previsibilidade nos recebimentos dos auxílios e ampliação do número de beneficiários ao longo do ano foram decisivos para a impulsionar o consumo dos gêneros alimentícios, principalmente para famílias com menor poder aquisitivo devido à elevada inflação que impactou a cesta de alimentos”, afirmou o vice-presidente da Abras, Marcio Milan.

De acordo com os dados da associação, o valor da cesta de 35 produtos de largo consumo (alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza) encerrou o ano em alta de 7,69%. No recorte da cesta básica com 12 alimentos, houve aumento de 0,39% em dezembro ante novembro e o preço médio ficou em R$ 317,56. As principais quedas foram puxadas por leite longa vida (-3,83%), farinha de trigo (-1,76%), carne (-0,71%), queijo (-0,39), café moído (-0,31%).

Dentre os alimentos que mais pressionaram o preço da cesta de alimentos no ano os destaques são batata (+56,89), cebola (+51,10%), queijo muçarela (+48,05%), farinha de mandioca (+43,34%), refrigerante (+35,66%), farinha de trigo (+33,98).

No sentido contrário, a carne bovina registrou deflação no acumulado do ano e encerrou o período em queda de 4,77% para os cortes dianteiro e de 3,96 para traseiro%. Outras variações negativas foram registradas no biscoito cream cracker (-8,03%), leite longa vida (-4,83%), açúcar refinado (-4,55%), óleo de soja (-4,41%).

Na categoria de higiene e beleza, os produtos com maior variação nos preços foram: sabonete (+27,15%), papel higiênico (+19,07%), creme dental (+15,06%), xampu (+14,72). Na cesta de limpeza, as maiores variações foram puxadas por sabão em pó (+28,93%), detergente líquido para louças (+18,10%) e desinfetante (+13,32%).

Na análise regional, a menor variação no acumulado do ano foi registrada na Região Nordeste (+6,53%), seguida pelo Norte (+8,25%), Sul (+9,12%), Centro-Oeste (+9,48%), Sudeste (12,56%). Quanto ao preço médio, a Região Sul registrou em dezembro a cesta mais cara do país (R$ 843,36), seguida pelo Norte (R$ 832,62), Sudeste (R$ 760,26), Centro-Oeste (R$ 703,47) e Nordeste (R$ 684,51).

PROJEÇÕES PARA 2023 

Segundo Milan, as análises da entidade sinalizam crescimento de 2,5% no consumo nos lares, mesmo com o comprometimento da renda com pagamento de dívidas e uma parcela significativa empenhada para as tradicionais despesas de início do ano.

“Por outro lado, o reajuste do salário mínimo em percentual acima da inflação, a manutenção do pagamento do Bolsa Família em R$ 600 e o pagamento [previsto a partir de março] de R$ 150 por criança de até 6 anos para as famílias inscritas nos programas de transferência de renda devem trazer recursos que são destinados à composição da cesta de abastecimento dos lares”, ressaltou o vice-presidente. 

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Marcos André Andrade
Marcos André Andrade é formado em jornalismo pela Unesp e pós-graduado em Gestão da Comunicação em Mídias Digitais pelo Senac. No Grupo EP desde 2022, é editor do Tudo EP e foi repórter do acidade on Campinas. Tem passagens pela Band Campinas, Rádio Bandeirantes de Campinas e Rádio Band News de Campinas, onde desempenhou as funções de âncora, editor, produtor e repórter.
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