Quando falamos em economizar, muitas pessoas fazem cortes em coisas do dia a dia, tem gente que prefere cortar o cafezinho, mas é melhor fazer isso de outras formas, sem ter que sacrificar os prazeres da vida que custam pouco. 

E existem 10 serviços gratuitos ou baratos pelas quais talvez você esteja pagando um preço alto sem necessidade e sem saber.  

Por isso, confira 10 dicas espertas de coisas gratuitas ou baratas que vão ajudar você a economizar!

1. Seguro de cartão de crédito 

De vez em quando o banco te oferece um seguro de cartão protegido. A explicação deles é que, com esse seguro, você vai ser reembolsado em caso de furto ou roubo do cartão. 

Acontece que, se seu cartão for roubado, é só ligar para a operadora e pedir o cancelamento do cartão. Em alguns bancos, você pode fazer isso pelo app, caso o celular não tenha sido roubado junto.  
  

VEJA TAMBÉM  
Confira as 5 coisas que podem falir sua empresa e saiba evitá-las 
Bancos adotam o WhatsApp para atrair clientes avessos a aplicativos


A partir desse aviso, você já não tem a obrigação de pagar pelo uso indevido do cartão. 

Se seu cartão for clonado, é a mesma coisa. Você liga, explica o que aconteceu e diz quais foram as compras indevidas que apareceram na sua fatura.
A lei já ampara você nessas situações, do mesmo jeito que ampara você na dica nº 4. Por isso, essa é a primeira das coisas gratuitas da nossa lista. 

2. Tarifa de manutenção de banco 

Você já sabe que a maioria dos bancos digitais não cobra taxa de manutenção. Mas os grandes bancos, estes sim, são famosos por suas tarifas, concorda? 

Mas você conhece a conta de serviços essenciais? Ela é gratuita, e agora está ainda mais especial por causa do Pix. Vamos ver o que o Banco Central diz. 

Coisas gratuitas que estão no pacote de serviços essenciais: 

A Resolução nº 3.919, no artigo 2º, diz que os bancos não podem cobrar tarifas pela prestação de serviços bancários essenciais. Eles incluem: 

emissão de cartão de débito;
2 extratos impressos de 30 dias por mês;
consultas ilimitadas no internet banking;
2 transferências para o mesmo banco por mês;
4 saques por mês no caixa eletrônico. 

Se tiver o pacote de serviços essenciais, você só vai pagar pelas transações que excederem essas quantidades. Mas não precisa exceder, sabe por que?
Coisas gratuitas no Pix. 

O Pix vai acabar com as limitações na quantidade de transferências e saques. Afinal, para transferir dinheiro via Pix, você, pessoa física, pode fazer isso gratuitamente. Isso inclusive na conta de serviços essenciais. 

Você não precisa mais pagar para fazer TED. Não importa se o favorecido não tem uma chave Pix. Afinal, você pode fazer Pix usando os dados bancários. 

E quanto aos saques? Bom, com o Pix poderemos fazer o Pix Saque e o Pix Troco. 

Como essas novas funcionalidades, você vai poder ir à padaria, por exemplo, fazer um Pix para o estabelecimento e pegar o dinheiro. Ou fazer sua compra, pagar um pouco a mais e receber o troco. 

Será bem melhor que ir ao caixa eletrônico, né? Você vai poder sacar dinheiro perto de casa, sem pagar a mais por isso!  

Como conseguir uma conta de serviços essenciais 

Voltando ao assunto da conta de serviços essenciais que oferece várias coisas gratuitas, sabe como se faz para ter uma? Se você for abrir uma conta nova, deixe bem claro que você quer o pacote de serviços essenciais. Do contrário, o banco vai te empurrar o pacote pago. 

Se sua conta já está aberta, navegue pelas profundezas do app ou do internet banking e tente encontrar a opção de migração para o pacote de serviços essenciais. 

Caso não encontre essa opção, vá à agência e peça para ficar só com o pacote de serviços essenciais. 

Você pode até aproveitar para fazer uma faxina em todas as taxas estranhas que andam aparecendo no seu extrato. 

3. Anuidade do cartão de crédito 

Pode valer a pena pagar anuidade de cartão, desde que seja para receber essa grana de volta com cashback ou produtos e serviços do seu interesse.
Ainda assim, você precisa colocar na ponta do lápis para ver se compensa mesmo. 

Existem muitos cartões sem anuidade disponíveis no mercado. Geralmente, eles não têm programas de benefícios. Mas, para quem usa pouco o cartão de crédito, isso não faz diferença. 

Se você está pagando anuidade e não está vendo vantagem, ligue para a operadora e diga que quer isenção. Caso eles digam que não é possível, que tal cancelar e procurar a concorrência? 

Afinal, o cartão de crédito sem anuidade está entre as coisas gratuitas mais fáceis de encontrar no mercado. 

Mas pode até ser que, quando você entoar a frase mágica “Então cancela!”, algo mágico vai acontecer. E você vai se dar bem.

4. Contador para quem é MEI (microempreendedor individual) 

A Lei Complementar nº 123 de 2006 diz o seguinte no artigo 18 e no parágrafo 22-B: 

“Os escritórios de serviços contábeis () deverão promover atendimento gratuito relativo à inscrição () e à primeira declaração anual simplificada da microempresa individual”. 

Isso significa que, tornando-se MEI, você terá acesso a esses serviços gratuitamente nos escritórios de contabilidade. 

Mas vale lembrar que você pode abrir seu MEI sozinho, pela internet, porque isso é bem simples. 

Depois que seu cadastro estiver pronto, você pode procurar um escritório de contabilidade. Eles poderão orientar você gratuitamente sobre a emissão de notas fiscais. 

Mas preste atenção: essa gratuidade só se aplica aos escritórios de contabilidade que são optantes do Simples Nacional, ok? 

Inclusive, quando chegar a hora de você fazer sua primeira, só a primeira, declaração anual como MEI, que é a DASN SIMEI, é possível fazê-la de graça num desses escritórios contábeis.  
 

5. Seguro viagem 

O seguro viagem é uma coisa super útil, que ajuda você a viajar mais tranquilo. Nossa dica é: antes de contratar esse serviço, consulte as regras e os benefícios do seu cartão de crédito. 

Acontece que alguns cartões têm um benefício de seguro viagem, desde que você pague as passagens aéreas ou o pacote de turismo usando o cartão de crédito. 

Alguns cartões bancam também o seguro da locação de veículos quando o pagamento é feito com o próprio cartão. Você só tem que ler o contrato e ver quais são as condições do seguro para não ter surpresa depois. 

Então fique de olho nisso. Seguro viagem é uma das coisas gratuitas que alguns pagam desnecessariamente.

6. Advogado 

Sabe o que diz o artigo 5º da Constituição Federal, no inciso 74? 

“O Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos”. 

Trocando em miúdos, se você precisar e não tiver condições de pagar um advogado, procure a defensoria pública na sua cidade. Mas existe um limite de renda que você precisa comprovar para que o serviço seja grátis, ok? 

Você também pode contar com o Juizado Especial Cível. Ele trata de causas menos complexas, com ações jurídicas que envolvem valores de até 20 salários mínimos. 

Nesses casos, não é obrigatório a representação de um advogado. Inclusive, até MEIs podem usar esse serviço. 

Se você mora numa cidade que tenha uma faculdade de Direito, uma das coisas gratuitas que podem estar disponíveis são serviços advocatícios gratuitos. Isso pode acontecer quando há uma parceria entre faculdade, alunos e professores, os quais supervisionam o trabalho. 

7. Perda de comanda 

Sabe quando você vai a um restaurante e eles dão uma comanda? 

Algumas delas têm um recadinho para você: “Se perder a comanda: multa de R$200” ou qualquer outro valor absurdo. Há estabelecimentos que informam isso em uma placa no balcão mesmo. 

Como assim, multa? A responsabilidade de controlar o que está sendo vendido é do próprio estabelecimento, e não sua. Perdendo ou não a comanda, você deve pagar apenas o que consumiu, e ponto final. Esse problema de perda de comanda não é seu. 

Houve casos em que a briga ficou feia e terminou na polícia. Adivinha quem saiu perdendo? O estabelecimento, é claro. A comanda é feita para o controle de consumo do cliente, e não do estabelecimento. 

Se eles dão liberdade para você mesmo se servir e comer lá dentro à vontade isso tudo antes de pagar , eles que desenvolvam um sistema que permita isso. 

De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, cobrar multa por extravio de comanda é ilegal.  
 

8. Taxa de serviço de 10% 

Quando você vai a um restaurante ou uma lanchonete, é comum eles cobrarem 10% de taxa de serviço. 

Você precisa saber que não é obrigatório pagar essa taxa de serviço, mesmo que você tenha sido super bem atendido. É claro, se você quiser fazer um agrado para o garçom, manda ver. 

Se o atendimento for bom, pague com gosto os 10%, ou até mais se puder. Dê os parabéns, agradeça. Ajudar os outros é nas pequenas ações do dia a dia. 

Mas se você passou raiva, pague só a conta e está ótimo. 

Se o estabelecimento obrigar você a pagar a taxa, nem é preciso passar raiva. Exija a nota fiscal e vá ao Procon.

9. Sedex e PAC para enviar livros 

Pouca gente sabe: se você usa Sedex e PAC para enviar livros e impressos para outras pessoas, é mais econômico usar um serviço chamado Impresso.
E se você quiser acompanhar a entrega pela internet, é só incluir o serviço adicional chamado Registro. 

O interessante é que até nesse registro dá para fazer uma economia. Acontece que, no envio de livros, você pode usar o Registro Módico, que custa a metade do preço do registro comum. 

O Impresso é um serviço mais simples, e é considerado menos seguro que o Sedex. Mas tem vezes que você não precisa de mais do que isso, concorda? 

Dependendo do caso, você pode economizar bastante dinheiro. E se quiser ficar tranquilo, você pode até gastar alguns centavos a mais para fazer um seguro no valor do livro, se for o caso.

10. Despachante para transferência de veiculo 

A maioria das pessoas procura um despachante na hora de fazer a transferência de propriedade de um veículo. 

Mas isso não é obrigatório. Só acontece porque os órgãos públicos responsáveis não prestam um serviço eficiente. 

Se você dispor de tempo e conhecer um pouco do processo, é possível resolver esse assunto por conta própria. Essa é uma das coisas gratuitas que ajudam a economizar uma boa grana. 

O processo é o seguinte: o vendedor preenche o CRV (Certificado de Registro de Veículo, também conhecido como Recibo). Então, vendedor e comprador vão juntos a um cartório, e ambos assinam o CRV, reconhecendo suas firmas. Ali mesmo os dois fazem uma cópia autenticada do CRV para cada um. 

O vendedor pega essa cópia e junta com o formulário de comunicação de venda, que está no site do Detran. Ele tira também uma cópia do RG e entrega tudo no Detran ou na Ciretran. 

O comprador pega o CRV e o CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo, também conhecido como documento do veículo) e acessa o site do Detran para fazer a transferência. Lá, ele imprime a guia de arrecadação que precisa ser paga no banco. 

Depois, o comprador acessa de novo o site do Detran e agenda a vistoria. Depois, ele vai ao setor de registros do Detran ou à Ciretran para concluir a transferência. 

Dá um trabalho, mas seu bolso agradece. 
 
LEIA MAIS 
Mercado brasileiro vai chegar a cem opções de carros elétricos e híbridos neste ano