Na sexta-feira (18), a 123milhas anunciou a suspensão temporária da emissão de passagens de uma linha promocional. Em nota, a agência de viagens informou que a medida em relação ao pacote chamado PROMO precisou ser tomada “devido à persistência de circunstâncias de mercado adversas”. As passagens tinham embarque previsto entre setembro e dezembro de 2023.
A publicação também comunica que os clientes que tinham comprado a linha promocional, com datas flexíveis e valores abaixo do mercado, receberão em troca um voucher, que funciona como uma forma de reembolso.
Segundo Victor Barussi, advogado sócio do Barussi & Magliarelli Advogados, a promessa da companhia era de que o cliente compraria a passagem num preço mais em conta com as tarifas promocionais, porém o bilhete seria emitido apenas 10 dias antes da viagem. O escritório atua na área de direito do consumidor e está orientando passageiros afetados pela suspensão.
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Mesmo com o oferecimento do voucher, a situação das passagens canceladas da 123milhas implica em casos de pessoas que, por exemplo, haviam planejando viagens de casamento, lua de mel ou visitas a parentes em outros países. Além disso, há outros gastos envolvidos, como o transporte, hospedagem e pacotes de turismo.
Nestes casos, o advogado recomenda que os clientes prejudicados tomem as seguintes medidas:
– Entrar com uma ação judicial, buscando a restituição dos valores em dinheiro;
– Pedir indenização por danos morais, por conta de todo o transtorno causado;
– Solicitar indenização pelos danos materiais, já que muitos passageiros não conseguirão remarcar a viagem em cima da hora, assim como reaver o valor da hospedagem em um hotel, a locação de um veículo, passeios em pontos turísticos, etc.
“Inclusive, a pessoa que não tiver como adiar a viagem e for precisar comprar uma nova passagem por um preço maior, a gente também recomenda que, no processo, peça esse valor de volta para a 123milhas, porque eles avisaram as pessoas em cima da hora que não emitiriam as passagens”, concluiu Victor.
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