20 de maio de 2024
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Três Pontas: A origem do município e do seu nome

Três Pontas completou este ano 166 anos de emancipação político-administrativa

O atual nome vem da serra, ponto culminante localizado na região Leste, a 10 km da cidade. (Foto: Prefeitura de Três Pontas)

 

Três Pontas completou este ano 166 anos de emancipação político-administrativa em 3 de julho deste ano. O atual nome vem da serra, ponto culminante localizado na região Leste, a 10 km da cidade. Serra esta que também se tornou ponto turístico. A origem do município data do século XVIII, por volta do ano de 1768. Após destruição dos quilombos existentes na região, através de capitães desbravadores, novos povoadores chegaram. 

Segundo informações do “Dicionário Escolar com Histórico do Município (1998)”, o governo da então Capitania de Minas começava os trabalhos de exploração da região. E coube ao Capitão, Bartolomeu Bueno do Prado, bisneto de Anhanguera, desbravar a área. Acompanhado de outros capitães, eliminou os quilombos existentes e permitiu a chegada de novos moradores. Inclusive ele, foi um dos que ficaram na região e colaborou com a povoação. 

Posteriormente, foram feitos novos requerimentos de sesmarias (glebas de terra) ao governo da capitania.   

O Capitão, Bento Ferreira de Brito, foi um deles. Seu pedido fora deferido, mas com a condição de que doasse parte do patrimônio para construção de uma capela. O que veio a ocorrer em 03 de outubro de 1794. Fato este questionado pelo professor e historiador, Paulo Costa Campos, em seu “Dicionário Histórico e Geográfico de Três Pontas (2004)”, uma vez que não localizou documento algum que registrasse tal doação. 

Mas ambas as publicações tem a informação comum de que origem e desenvolvimento do município se deram a partir da construção da capela no local denominado Fazenda do Taquaral. A capela foi erguida em devoção a Nossa Senhora DAjuda, uma vez que a maioria dos povoadores tinha origem portuguesa e eram devotos da Santa. 

Já segundo informações do “Dicionário Histórico e Geográfico de Três Pontas (2004)”, após a chegada dos novos moradores, o arraial se desenvolveu. E mais um nome ganhou destaque: Coronel Antônio José Rabello e Campos, conhecido como “Rabelinho”.   

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Foi através de um pedido dele, que em 14 de julho de 1832, a região passou a ser Freguesia. Em seguida, foi nomeada a Paróquia local que teve como vigário, Padre Bonifácio Barbosa Marins, natural de São João Del Rey.
 
A publicação detalha ainda que a Freguesia teve sob sua jurisdição as áreas de Nossa Senhora do Carmo (município de Campos Gerais) e Espírito Santo da Varginha (município de Varginha). O progresso continuava. E pouco tempo depois, em 1º de abril de 1841, a Freguesia foi elevada à Vila.  

Em 10 de fevereiro de 1842 foi instalada a primeira Câmara Municipal. Seu primeiro presidente eleito foi o Sargento-mor, Antônio Gonçalves de Mesquita. A nova Vila abrangia os distritos de Água-pé (município de Guapé), Carmo do Campo Grande (município de Campos Gerais), Dores da Boa Esperança (município de Boa Esperança) e Varginha. Em 27 de abril de 1850 foi criada a Comarca e em 03 de julho de 1857 ocorreu elevação à Cidade.

Curiosidades 

Antes de assumir o nome atual, o território do município chegou a ser conhecido como Candongas, São Gonçalo e Nossa Senhora DAjuda. Essas informações constam no “Dicionário Escolar com Histórico do Município (1998)”. Mas conforme o professor e historiador, Paulo Costa Campos, em seu “Dicionário Histórico e Geográfico de Três Pontas (2004)”, desde a origem do arraial, a área era conhecida como Aplicação da Capela de Nossa Senhora DAjuda de Três Pontas. Na publicação, existe ainda a informação de que a região já era conhecida em tempos mais antigos, por volta de 1750. Isso porque foram encontrados em cartas de sesmarias da época menções de terras que se situavam “indo para a Serra das Três Pontas”. 

E quem nasce em Três Pontas é o que? Trespontano ou Trespontense? Ambos estão corretos.   

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Segundo informações do “Dicionário Histórico e Geográfico de Três Pontas (2004)”, o gentílico atual, Trespontano, com a grafia dessa forma, passou a ser adotado no início do século XX. Os cidadãos naturais do município eram chamados, inicialmente, de Trespontenses. Mas pouco tempo depois, começou a se utilizar Três-pontano. E, atualmente, o mais comum e utilizado é Trespontano.

Luciana Félix
Supervisora de conteúdo do ACidade ON e do Tudo EP. Entrou no Grupo EP em 2017 como repórter do ACidade ON Campinas, onde também foi editora da praça. Antes atuou como repórter e editora do jornal Correio Popular e do site do Grupo RAC. Também atuou como repórter da Revista Veja, em São Paulo.
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