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CotidianoIdeb revela piora no aprendizado de crianças em Araraquara

Ideb revela piora no aprendizado de crianças em Araraquara

Indicador aponta recuo dos índices nos anos iniciais do Ensino Fundamental, pequeno aumento nos anos finais e estabilidade no Ensino Médio

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Ideb registrou queda nos anos iniciais da Educação Fundamental (Foto: Divulgação)
Ideb registrou queda nos anos iniciais da Educação Fundamental (Foto: Divulgação)

 Alunos do ensino fundamental de Araraquara aprenderam menos no ano passado. É o que mostra o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) para anos iniciais, no comparativo com 2019. 

Em 2021, a nota média das escolas públicas que atendem alunos do 1° ao 5° ano foi de 6,3. No ano anterior, o índice ficou em 6,7, segundo dados divulgados pelo ministério da Educação.

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Nas escolas estaduais, o Ideb passou de 7,1 para 6,7. Já na educação municipal, a queda foi de 6,3 para 5,9.

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Para a socióloga Mirlene Severo, os dados da educação já contavam com índices abaixo do recomendado, mas piorou significativamente com a pandemia da covid-19. 

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“Desde o começo da pandemia, com o isolamento social, fechamento das escolas e o início das aulas de maneira remota, já sentíamos que teríamos um padrão de educação diferente daquele que vínhamos tento. Em um país como o nosso, onde a pandemia se estendeu e vitimou muitas pessoas, tivemos um agravante, pois os índices do letramento, tanto na linguagem escrita, como nas demais disciplinas, já tinham um padrão abaixo do recomendado”, explicou.

Outro problema apontado pela socióloga foi a falta de tecnologia durante a pandemia. “Muitos alunos, que mesmo tendo educação remota, não tinham tecnologia ou até tinha a tecnologia, mas não tinha a internet para assistir vídeo-aulas. Isso fez com que muitos estudantes ficassem defasados em relação aos conteúdos. Além disso, esse conteúdo coloca um ritmo muito forte, pois o aluno sabe que precisa acessar aquele conteúdo, mas ele não tem condições de ficar quatro horas em frente ao computador ou na tela do celular para poder estudar. Isso também foi um agravante intenso que promoveu outras dificuldades, como por exemplo, a formação cognitiva e social desses alunos”, ressalta.  

 

Mirlene acredita que a pandemia tenha piorado índices da educação  
Mirlene acredita que a pandemia tenha piorado índices da educação  

 Ainda de acordo com Mirlene, as pessoas associavam que a volta dos alunos para a escola resolveria o problema estaria resolvido, mas isso ainda irá se transcorrer por muito tempo, já que as perdas foram grandes para essa geração e não deve ser resolvidas em poucos anos. Para ela, é preciso ter uma política especifica, um plano de atuação especifico para compensar o que foi perdido.

“As perdas foram grandes, as perdas acumuladas foram muito grandes para essa geração, então é evidente que isso não irá se resolver e poucos anos. É preciso ter uma política especifica, um plano de atuação especifico para compensar o que foi perdido e retome o quanto antes essa situação”, ressalta. 

Nos anos finais do Ensino Fundamental, o índice da escola estadual estabilizou em 5,4 e a municipal subiu de 5,2 para 5,4 entre um ano e outro. Já no ensino médio, as escolas do estado mantiveram o índice de 4,7 nos dois últimos anos. 

 

 

 MUNICÍPIO 
De acordo com a secretaria municipal de Educação, o Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB), que é uma das bases dos cálculos do Ideb, reflete os níveis de aprendizagem demonstrados pelo conjunto de estudantes que participam. 

Das 15 escolas municipais de ensino fundamental, seis não tiveram os resultados da Prova Brasil aferidos porque não atingiram o número mínimo de estudantes para isso. 

“Importante lembrar que, no ano de 2021, quando se aplicou a prova, a frequência presencial ainda não era obrigatória. Isso, certamente, concorreu para o resultado final. Os dados das escolas municipais de Araraquara com resultados gerados evidenciaram uma queda nos níveis de aprendizagem. Porém, tal queda não pode ser atribuída a uma piora na qualidade da educação ofertada pelas escolas do município, haja visto que as escolas ficaram fechadas por mais de um ano em razão da pandemia e as atividades pedagógicas não presenciais de caráter remoto ou híbrido não atingiram a todos os estudantes da mesma forma, assim como não incidiram na aprendizagem do mesmo modo”, afirmou em nota.   

Ainda de acordo com a secretaria, o SAEB 2021 apresenta dados importantes para o trabalho pedagógico nas escolas, que são orientadas a analisar as fragilidades e propor ações interventivas, com planejamentos de aulas para suprir as defasagens observadas.

“Estamos certas de que todas as ações em curso voltadas à recomposição, ao reforço e a recuperação das aprendizagens no âmbito do Programa Educa Mais Araraquara são importantes ferramentas para alavancar a aprendizagem dos estudantes da rede e farão a diferença nos resultados da próxima edição do SAEB em 2023”, finaliza.

ESTADO 
Por meio de nota, o Estado afirmou que realizou aulas mediadas por tecnologia, que foram fundamentais para a manutenção das atividades no período em que as escolas permaneceram fechadas sob protocolos sanitários. 

“Os estudantes da rede estadual tiveram acesso às aulas inéditas em tempo real, interatividade e tira-dúvidas com professores das suas turmas, em manutenção ao ensino remoto. Mais do que o acesso ao conteúdo pedagógico, o Governo do Estado garantiu aos alunos o fornecimento de merenda e material didático nesse período longe da escola”, afirma.

Ainda por meio de sua assessoria, o estado ressaltou que a secretaria investiu na busca ativa dos estudantes, no acolhimento dos alunos e na realização de avaliações diagnósticas, processuais e formativas, fundamentais no apoio a retomada dos conteúdos impactados pelo afastamento dos alunos. 

“Foram aplicados recursos também na elaboração de materiais didáticos específicos para o reforço das habilidades prioritárias; na realização de obras por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) e na expansão do Programa de Ensino Integral. Outra iniciativa com forte impacto nos resultados educacionais foi a Busca Ativa, realizada pelas escolas com apoio das Diretoria de Ensino e da Seduc-SP. E também com o projeto Aprender Juntos, que propõe o reagrupamento de estudantes com necessidades de aprendizagem semelhantes, para a realização de atividades diferenciadas”, finalizou.

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