O homem de 30 anos, acusado de espancar o padrasto, no Jardim Iedda, em Araraquara, em novembro de 2021, começou a ser julgado, na manhã desta terça-feira (19), pelo Tribunal do Júri. A vítima chegou a ser socorrida, mas morreu semanas depois na Santa Casa.
Edmilço Morais da Silva Junior foi preso em flagrante pela Polícia Militar. Ele confessou ter agredido violentamente com socos e chutes Alceu de Jesus Alves da Cunha, na época com 62 anos.
A vítima foi socorrida em estado gravíssimo pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas morreu no hospital no dia 28 de dezembro em decorrência das agressões.
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Em depoimento, o homem afirmou ter agredido a vítima com a intenção de matá-la para vingar a mãe que, segundo ele, sofreu agressões, ofensas e maus-tratos por 20 anos. O réu disse ainda que também foi vítima de uma tentativa de estupro por parte do padrasto quando tinha 15 anos.
Na ação, a defesa do réu anexou oito Boletins de Ocorrência registrados pela mãe de Edmilço, 62, contra o companheiro, entre 2009 e 2019, por ameaça, lesão corporal e violência doméstica.
Segundo a PM, enquanto aguardava a chegada do socorro ao lado da vítima, o réu teria dito que caso “Alceu saísse desta voltaria para acabar com vida dele“, ou seja, indicando que mataria a vítima.
No momento da prisão, o homem teria dito ainda que não se lembrava quantos golpes desferiu contra a vítima e afirmou que “ficou com muita raiva e só parou de bater quando Alceu estava agonizando.”
Para o Ministério Público, o crime foi cometido por motivo torpe, com recurso que dificultou a defesa da vítima, considerando que o agressor, “com superioridade física, desferiu contra Alceu, já idoso, inúmeros chutes, mesmo com a vítima caída e sangrando.”
Após o flagrante, Edmilço teve a prisão preventiva decretada pela Justiça e permaneceu preso desde então. Agora, ele será julgado por Júri Popular.
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