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CotidianoComerciante de Araraquara vende doces há 40 anos em praça

Comerciante de Araraquara vende doces há 40 anos em praça

Barraca de doces da Praça Pedro de Toledo atrai gerações de estudantes e famílias; relação é de muita amizade e confiança

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Fernando vende doces na Praça Pedro de Toledo há mais de 40 anos (Foto: Amanda Rocha)

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Há mais de 40 anos, toda quarta-feira, o comerciante Ântonio Fernando Zebini monta uma barraca de doces na praça Pedro de Toledo, no centro de Araraquara.

Doces caseiros, balas, bolachinhas, chocolates… a variedade é de dar água na boca. E não fica por aí: salgadinhos diversos e queijo mineiro também são atrativos para os paladares. 

A barraca fica próxima à escola Escola Estadual Antônio Joaquim de Carvalho, onde gerações de estudantes araraquarenses frequentavam a barraca quando crianças e hoje retornam com seus filhos e famílias.  

“Estou vendendo doces na rua há 41 anos, e sempre no mesmo ponto aqui da praça, além de outras feiras que faço na cidade. O público vem desde criança da escola aos mais antigos, e faço feira em seis pontos de Araraquara. Mas aqui na praça Pedro de Toledo é o mais antigo”, comentou.  

Fernando começou vendendo doces com o companheiro Sérgio no final dos anos 70. No momento, Sérgio se recupera de uma cirurgia e está afastado do trabalho. 

DOCINHO CASEIRO 

Os doces mais procurados são os caseiros vendidos por quilo. Tem bananada, doce de abóbora, mamão, laranja, goiabada e doce de leite. A receita veio das mães dos comerciantes, e tem um toque tradicional único. 

“A receita dos doces é da mãe do meu companheiro Sérgio e da época da minha mãe e avó, que foi criada em fazenda, são receitas tradicionais”, comentou. 

O comerciante explicou que os doces demoram horas e até dias para ficarem prontos, como é o caso do doce de laranja. Ele sempre tira as segundas e quintas-feiras para preparar os doces em casa, sem pressa até dar o ponto, como reza a receita.  

“O doce de laranja demora uma semana para ficar pronto, tem que ralar, deixar de molho. Se fizer antes e por açúcar não adianta porque fica amargo, e isso é uma receita tradicional, só os antigos sabiam fazer. Eu chamo de doces de idosos, os mais jovens não gostam muito, preferem os chocolates”, avaliou. 

FREGUESES DE CADERNETA 

Os clientes da barraca de doces são variados, mas a grande maioria é fixa e até hoje usa caderneta. São fregueses que frequentam o espaço há mais de 20, 30 anos. A relação é de confiança e de amizade. 

“Às vezes eu não preciso nem anotar na caderneta. Como a pessoa é freguesa há muitos anos, ela mesma anota e me paga depois. É uma relação de confiança, são muitos anos comprando. Nós só não falimos na pandemia devido a esses clientes antigos. O pai traz o filho, que agora traz o neto e assim vai”, contou. 

A farmacêutica Marisa Pessolato compra doces do seu Fernando há um bom tempo, e também costuma frequentar outras feiras onde a banca de doces estiver. 

“Eu compro doces dele há 32 anos, e também vou aos outros pontos em que ele fica. Os melhores doces são o de laranja e o de mamão, não tem igual”, comentou. 

O cliente assíduo Carlos Alexandre tem 32 anos e frequenta a banquinha de doce desde que é criança. 

“Minha esposa também é cliente desde que nasceu. Eu venho há uns 20 anos, o doce de abóbora é divino, eu sempre venho comprar. Eu sempre venho na praça Pedro de Toledo e aos domingos vou na banca ali do lado do Ginásio da Pista, onde tiver eu vou atrás. Tenho três filhos que adoram comer as balas , doces e chocolates”, contou.  

   

 

Carlos é cliente desde criança do seu Fernando, toda semana ele compra algum docinho (Foto: Amanda Rocha)

 Para Fernando, o cliente não vai até lá apenas para gastar e comer. Conversas leves, sérias e muitas risadas são constantes no ambiente. 

“O cliente não vem só gastar, a gente ajuda, escuta, muitos tem algum probleminha em casa, a gente dá conselho e assim vai. É uma mistura que dá certo”, pontuou. 

Além dos deliciosos doces, por lá se encontra pururuca, salgadinhos, biscoito de polvilho, queijo mineiro, e uma grande variedade de docinhos. 

Fernando contou que tem vendido muito “courinho de porco” nesse calorão da Morada do Sol. 

“O courinho de porco é o que mais sai porque os homens tomam muita cerveja, eu vendo muito. E também sai bastante bolachinha amanteigada para tomar café. Já o doce caseiro que mais sai é a bananada, não venço de fazer, ainda bem”, concluiu. 

No ano passado, um perfil da barraca de doces foi criado no Facebook para avisar os clientes sobre os dias das feiras e horários. Quem ficou com vontade de um docinho, clique aqui para conhecer mais e experimentar os quitutes. 

 

Além dos doces, salgadinhos são muito procurados na barraca (Foto: Amanda Rocha)

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