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CotidianoDia do Jornaleiro: conheça três bancas de jornal mais antigas de Araraquara

Dia do Jornaleiro: conheça três bancas de jornal mais antigas de Araraquara

Bancas de jornal tem tradição na cidade e se reinventam na era digital 

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conheça três bancas de jornal das mais antigas de Araraquara

Palavras-cruzadas são os artigos mais procurados em bancas de jornal de Araraquara (Foto: Amanda Rocha)
Palavras-cruzadas são os artigos mais procurados em bancas de jornal de Araraquara (Foto: Amanda Rocha)

 

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Nesta sexta-feira (30), é comemorado o Dia do Jornaleiro. Em Araraquara, em torno de oito bancas de jornal resistem à era digital. São profissionais que estão no mercado de revistas e jornais há mais de 30 anos.

A reportagem do acidadeon Araraquara conversou com três jornaleiros mais antigos da cidade. Eles  refletiram sobre a profissão e atual momento com a movimentação das figurinhas da Copa 2022. 

BANCA DO PARQUE INFANTIL
Uma das bancas mais movimentadas e antigas da cidade, a banca do Parque Infantil, é comandada por Claudomiro Pedroso, de 71 anos e seu filho, Leonardo Pedroso, de 32 anos.

Há 30 anos no mesmo local, a banca faz parte da história de gerações de araraquarenses. Para Pedroso, em épocas digitais é preciso driblar as adversidades e reinventar a profissão. 

 

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“Hoje temos que driblar as diversidades, a maior parte das editoras fecharam e a internet influencia muito na parte de editorial. Estou sobrevivendo, hoje sou mais revisteiro do que jornaleiro”, disse ele sobre a escassez de jornais impressos. 

Pedroso lembra que chegou a vender em torno de 400 jornais aos domingos, hoje ele vende entre dois e três. 

Palavras-cruzadas, gibis e revistas são os produtos mais procurados.  Já o perfil dos clientes é de pessoas com mais de 30 anos, a não ser em época de Copa do mundo, onde todos os públicos aparecem.  

Aos finais de semana, mais de 300 pessoas costumam se reunir nas mesas ao redor da banca para trocar as cobiçadas figurinhas. 

“São três meses que dá uma respirada e continuamos. Mas é aquele negócio, depois da Copa tem que ver quantas bancas ainda vão ficar de pé. Eu ainda consigo driblar, porque sou bem antigo na praça”, frisou.   

 

Leonardo Pedroso é a nova geração da família que comanda a banca de jornal do Parque Infantil (Foto: Amanda Rocha)
Leonardo Pedroso é a nova geração da família que comanda a banca de jornal do Parque Infantil (Foto: Amanda Rocha)

Leonardo Pedroso cresceu vendo seu pai vender jornais e revistas. Hoje, ele é o braço direito e deve continuar o legado do jornaleiro.

“Quero continuar o legado do meu pai e temos que diversificar, daqui a pouco vai ser só banca, porque o jornal não vai ter mais”, refletiu. 

Brinquedo, guloseimas, cigarro, entre outros, não faltam no espaço.

BANCA DO CARMO
O jornaleiro Jorge Luís Agustoni, de 60 anos, é uma referência no bairro do Carmo. Ele está com a banca do Carmo há 30 anos, e continua cheio de disposição e energia para a ramificação do negócio.

 
“É contagiante ver gerações e gerações passando na banca, pai trazendo filho, hoje o filho traz o neto. Tenho um cliente que traz o bisneto, principalmente agora na época de figurinha da Copa”, contou.

 

Jorge Agustoni é jornaleiro há 30 anos e comanda a banca do Carmo em Araraquara (Foto: Amanda Rocha)
Jorge Agustoni é jornaleiro há 30 anos e comanda a banca do Carmo em Araraquara (Foto: Amanda Rocha)

 

Agustoni já chegou a ter quatro bancas de jornal em Araraquara. Para ele, o melhor do dia a dia é conversar e conhecer pessoas. 

“Eu gosto muito do que faço. É gratificante você poder ajudar os outros e nem é pelo dinheiro, porque a informação que você vendeu transforma também as pessoas. Às vezes uma revista que a pessoa lê, ela vê uma resposta que precisava”, refletiu.

Bom de papo, ele acredita que Araraquara tem tradição em bancas de jornal e que elas devem perdurar.  

Jorge Agustoni é jornaleiro há 30 anos em Araraquara (Foto: Amanda Rocha)
Jorge Agustoni é jornaleiro há 30 anos em Araraquara (Foto: Amanda Rocha)

 “Eu acredito que as bancas que ficaram tem tradição na cidade, e Araraquara está crescendo, tem muita gente que gosta de ler ainda, fazer palavra cruzada. Mas, acredito que com o tempo temos que agregar com outras coisas, que é o que já fazemos. Eu já sou aposentado , mas quem depende só de banca não dá”, refletiu. 

BANCA PORTUGAL
Localizada no centro da cidade está a banca Portugal, do jornaleiro Nelson Mantovani, de 63 anos. Ele começou em 1988, portanto são 34 anos dedicados a profissão.

Mantovani comentou que o perfil da banca mudou muito com o tempo. Tanto que ele não vende mais jornal, assim como a maioria das bancas.  

Em uma época em que as informações são lidas em um clique, e com a tecnologia dominando o cotidiano, os produtos que resistem em sua banca são as revistas de tricô, de culinária, gibis e chips de celular.  

Banda Portugal está no centro da cidade há 34 anos (Foto: Amanda Rocha)
Banda Portugal está no centro da cidade há 34 anos (Foto: Amanda Rocha)

 Aposentado, ele pontou que o que mais importa hoje é ver os amigos e o movimento da região central.

  
“Não é nem pela rentabilidade, mas estar na rua vendo movimento e os amigos. Como parou a procura por jornal, eu preferi parar de vender jornal. Mas vem ainda pessoal de meia-idade atrás de palavras-cruzadas e jovens que procuram mangás”, observou.

 

 

 

 

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