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CotidianoFamília pede socorro para atendimento psiquiátrico em Araraquara

Família pede socorro para atendimento psiquiátrico em Araraquara

Família de Henrique da Cruz Simplício alega que não consegue atendimento psiquiátrico municipal ; garoto é autista e precisa trocar medicação com urgência

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Keila e Henrique: mãe pede socorro para atendimento psiquiátrico de filho autista (Foto: Amanda Rocha)

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A família do garoto autista Henrique da Cruz Simplício, de 14 anos, procura atendimento psiquiátrico de urgência para ele em Araraquara. 

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Segundo a mãe, Keila Mendes da Cruz, o garoto é autista hiperativo e tem rompantes de agressividade. 

Embora esteja medicado, os medicamentos não estão surtindo mais efeito e a família, que é de Ribeirão Bonito, busca atendimento na cidade – sem sucesso. 

Keila alega que Henrique sempre fez tratamento no Espaço Crescer, de Araraquara, espaço especializado em saúde mental de crianças e adolescentes  de 12 a 18 anos. 

Porém, a mãe enfatiza que desde que a psiquiatra residente se aposentou não há mais atendimento da especialidade na unidade de Araraquara. 

“Em Ribeirão Bonito não tem esse tipo de atendimento então eu trago ele para Araraquara. Ele sempre frequentou o Espaço Crescer mas está sem médico psiquiatra. O Henrique precisa trocar a medicação pois não vem surtindo efeito. Estão me dando as costas, estou pedindo socorro. “, contou.  

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Keila tem mais duas crianças menores e vem passando dificuldades financeiras. A família sobrevive com o salário de uma pensão por morte do pai das crianças. 

A mãe comenta que não consegue trabalhar pois demanda muito cuidado com o filho autista e os demais. “Não trabalho, porque tenho que cuidar deles. Estamos passando por dificuldades, eles precisam de roupas e alimentos”, disse. 

 

Família de Henrique passa por dificuldades financeiras (Foto: Amanda Rocha)

 PEDIDO DE SOCORRO 

Henrique tem 14 anos, mas a mentalidade do garoto é de uma criança. A mãe está preocupada pois ele tem rompantes de agressividade com mais frequência, sendo necessário esconder objetos cortantes da casa. 

“Ele toma medicamentos antigos que não funcionam mais. Preciso de atendimento de urgência para ver o que está acontecendo. Ele é agressivo, tenho que esconder todas as facas de casa, está muito complicado. Preciso de um novo laudo psiquiátrico para ver o que fazer”, desabafou. 

Keila diz que também procurou a Defensoria Pública com pedido de urgência para tratamento psiquiátrico há dois meses. “Até agora não tive nenhum retorno”. 

Ao ver o carro da reportagem, Henrique pediu salsicha e carne para comer. “Faz dias que eu só como ovo, queria muito comer salsicha, tia”, diz.
   

O QUE DIZ A PREFEITURA 

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Araraquara informa que existe uma dificuldade pelo fato da pessoa em questão ser moradora de Ribeirão Bonito, município cuja referência de atendimento para psiquiatria infantil e juvenil é São Carlos e não Araraquara. 

Porém, a Secretaria de Saúde frisa que vai dar continuidade ao tratamento, em forma de excepcionalidade. 

COMO AJUDAR COM ROUPAS E ALIMENTOS:  

Para ajudar a família de Henrique, entre em contato pelo número (16) 997004343 (Keila). 

Ou pelo endereço Rua Said Azzem 1023, Vale Verde, Araraquara.  (Casa de Kesia, irmã de Keila)

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