A Polícia Civil de Matão prendeu nesta semana uma mulher de 54 anos, acusada de omissão no caso de tortura contra seus enteados. Uma das vítimas, que tem 13 e 14 anos, chegou a ser agredida com uma martelada na cabeça.
A madrasta foi presa em seu local de trabalho pelos agentes da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), que cumpria mandado de prisão após decisão da Justiça da condenação do casal de agressores.
Ela não teve participação direta nas torturas, mas se omitiu diante dos abusos. A mulher foi encaminhada para a Penitenciária Feminina de Guariba, onde deve cumprir pena.
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ENTENDA O CASO
De acordo com as informações apuradas pelo acidade on, os adolescentes eram vítimas de maus-tratos por parte do pai.
A denúncia anônima – de que os menores sofriam abusos físicos por parte do genitor na casa da família, no Jardim Imperador – chegou para a equipe da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) de Matão em 2022.
Em três meses de investigações, com o apoio do Conselho Tutelar, as vítimas – uma menina de 13 anos e um menino de 14 anos – foram ouvidos.
O pai chegou a agredir o mais velho com uma martelada na cabeça. As crianças passaram por uma escuta especializada e exame de corpo de delito, onde foram constatados diversos hematomas.
Com todas as evidências, o genitor foi preso preventivamente há oito meses e encaminhado ao CDP (Centro de Detenção Provisória) de Taiúva.
Ao final das investigações, as denúncias foram encaminhadas ao MP (Ministério Público) e o processo, em segredo de Justiça, foi concluído com a condenação do pai e da madrasta, presa na última terça-feira (12). A guarda dos adolescentes foi retirada do casal.