As duas mulheres vítimas de feminicídio, em Boa Esperança do Sul, serão veladas e enterradas nesta sexta-feira (13). O crime ocorreu na madrugada da última quinta (12), no bairro Nova Esperança.
O corpo de Camila Alves Del Passo, de 25 anos, é velado nesta manhã no velório municipal e será enterrado às 10h30 no cemitério da cidade. A cunhada dela, Roberta Aparecida Ventura, de 26, será velada a partir das 13h30 e enterrada às 16h30.
Já Cristiano Alves de Jesus, de 32, que era companheiro de Roberta e irmão de Camila, e morreu em um acidente minutos após cometer o crime, foi velado e enterrado na tarde de quinta-feira (12).
O CRIME
Segundo Boletim de Ocorrência registrado na Delegacia de Polícia Civil de Boa Esperança do Sul, Cristiano e as vítimas estariam em um bar minutos antes do crime e, ao retornarem para casa, tiveram um desentendimento, que resultou no ataque. A motivação e a dinâmica do crime ainda serão investigadas.
Camila foi esfaqueada pelo irmão e morreu no local. Já Roberta chegou a ser socorrida e levada até a Santa Casa da cidade, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital.
O crime aconteceu em um conjunto habitacional na Rua Margarida Corrêa Veneziano, onde Roberta estaria morando há pouco mais de nove meses. Na casa também estavam as filhas do casal, de 6 e 8 anos, que foram trancadas em um carro pela tia para não presenciarem a briga.
Vizinhos disseram que ouviram gritos e pedidos de socorro durante a madrugada.
Após matar a mulher e a própria irmã, o autor fugiu do local de moto e morreu ao bater contra um caminhão na Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-255).
DESOLAÇÃO
A amiga, Karolayne Eduarda Gicca Fausto, lembrou da personalidade de Roberta e a descreveu como uma pessoa extrovertida e alegre. “Ela era uma pessoa extrovertida, não tinha tempo ruim com ela. Era uma pessoa alegre, que se dava bem com todo mundo, não tinha briga com ninguém”, disse.
Segundo ela, o casal já havia se desentendido por ciúmes anteriormente, mas sem qualquer indício de agressões. “Aparentemente, ele sempre foi uma pessoa bem tranquila, bem calma, não passava muito ciúmes assim. Ele era [ciumento], mas não obsessivo ao ponto do que aconteceu aqui“, disse.