A tubulação que se rompeu e provocou uma cratera em plena Avenida Padre Francisco Salles Culturato (Av. 36), na região dos Jardim dos Manacás, em Araraquara, deve ser triplicada. A informação é do ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Goés (PDT), em visita à cidade.
“Neste caso aqui, vai ser triplicado a solução de passagem das águas em função do volume que tem recebido. Não é comum ter em apenas 6h, em um único dia, 160 milímetros. Isto é desafiador para os moradores, agentes políticos, para quem trabalha com Defesa Civil, para a sociedade de um modo geral”, disse o ministro após visita ao ponto mais afetado pelas chuvas da semana passada.
A agenda também foi acompanhada pelo ministro das Cidades, Jader Filho (MDB), do prefeito Edinho Silva (PT), secretários municipais e vereadores. A comitiva com ministros do governo Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou no aeroporto Bartholomeu de Gusmão por volta das 14h.
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O primeiro local a ser vistoriado foi a cratera que se abriu na Avenida Francisco Martins Caldeira Filho, no Parque São Paulo. Na sequência, os ministros estiveram na Rua Nove de Julho (R.2), na altura do Parque do Botânico, na Avenida 36 e, por fim, na Avenida Maria Antônia Camargo de Oliveira, a Via Expressa, na altura do Terminal Central de Integração (TCI).
EMERGÊNCIA
Ainda segundo o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, deve ser publicado no Diário Oficial da União da próxima sexta-feira (06), o estado de emergência solicitado pela prefeitura de Araraquara ao governo federal. A medida “desburocratiza” a adoção de medidas e garante a obtenção de recursos para atendimento à população afetada.
A cidade tem uma boa infraestrutura, mas, ao mesmo tempo, as mudanças climáticas acabam desafiando esta infraestrutura e causando desastres, que merecem respostas imediatas”, disse.
“Isto precisa ser revisto pelo planejamento para novas intervenções, sejam aquelas que requalifiquem os estragos feitos, preventivas ou novas que passarão a ser feitas”, reforçou Waldez Goés.
OBRAS MILIONÁRIAS
O ministro das Cidades reforçou que as duas pastas, juntamente com a prefeitura, devem levantar os pontos que devem priorizados. “É uma questão climática que todos nós precisamos levar em conta e entender que o mundo está mudando. Propus que a gente possa discutir outros pontos críticos para agir preventivamente”, ponderou.
Segundo Edinho Silva, os estudos de engenharia ainda estão em andamento. Mas as obras de recuperação dos pontos afetados não devem custar menos de R$ 50 milhões.
“Nós estamos, neste momento, tentando reconstruir o que foi danificado para que Araraquara busque a sua normalidade. Talvez, a normalidade nunca mais venha diante das vidas que foram ceifadas, mas, nós temos que garantir, do ponto de vista estrutural, que a cidade volte a funcionar”, disse o prefeito.
Na próxima terça-feira (10), uma nova reunião entre os ministérios da Integração e Desenvolvimento Regional e das Cidades, juntamente com a Prefeitura de Araraquara, deve ser realizada para tratar do assunto.
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