Durante visita a Araraquara nesta sexta-feira (17), o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, defendeu a criação de um fundo público para o fomento do cooperativismo. A fala ocorreu após sua participação no lançamento de um aplicativo de moto-entregadores cooperados.
Os estudos para a criação de editais que podem ser disputados pelas cooperativas estão sendo coordenados por Gilberto Carvalho, secretário nacional de Economia Popular e Solidária. A ideia é utilizar recursos oriundos de autuações e multas aplicadas pelo MPT (Ministério Público do Trabalho) e, na visão do ministro, beneficiar setores em que a iniciativa privada não atua.
“Queremos ir adiante, com a possibilidade de criar um fundo para qualificação e economia solidária, de forma a facilitar a vida das pessoas, para que possam implantar projetos que são importantes e muitas vezes sequer temos setores empresariais interessados em resolver e a sociedade precisa como, por exemplo, a questão da reciclagem,” introduziu Marinho.
Luiz Marinho também falou sobre a recuperação da indústria, que ainda apresentou cenário de retração nos últimos dois meses em Araraquara. O setor foi o único que mais demitiu, fechando com 167 vagas negativas em fevereiro e 107 vagas a menos em março.
“A indústria sofreu no ano passado, retrasado e vem sofrendo. Houve governos nefastos para o papel da indústria no Brasil, um verdadeiro desmonte e estamos consertando. É preciso dar garantias para equalizar a condição da nossa indústria e lançamos recentemente um programa de reindustrialização do País sob o comando do presidente Lula,” disse.
O ministro do Trabalho e Emprego também citou as dificuldades enfrentadas pelo governo para emplacar alterações em temas considerados sensíveis aos trabalhadores, como a Reforma Trabalhista, a precarização e terceirização do trabalho.
“É preciso que os sindicatos se organizem e que os trabalhadores se mobilizem para ajudar nesse processo de convencimento. Certamente, o governo sozinho não terá condições de pautar, por exemplo, a revisão da Reforma Trabalhista,” concluiu o ministro.