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PolíticaEntidade rebate críticas sobre prisão de militantes políticos em Araraquara

Entidade rebate críticas sobre prisão de militantes políticos em Araraquara

Associação dos Guardas Municipais emitiu nota nesta sexta-feira (8) para defender atuação de agentes

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A prisão de dois militantes do PCO (Partido da Causa Operária) por colarem cartazes em pórticos de semáforos continua repercutindo em Araraquara. Após o posicionamento de lideranças políticas sobre a atuação das autoridades, a AGMARA (Associação dos Guardas Civis Municipais de Araraquara) rebateu críticas sobre a atuação da corporação no caso.

Na madrugada da última quinta-feira (7), uma equipe da GCM que atuava no COI (Centro de Operações de Inteligência) verificou a movimentação suspeita da dupla por meio de imagens do totem de monitoramento instalado na esquina da Avenida José Bonifácio com a Rua São Bento e solicitou apoio de uma viatura para averiguação da situação.

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Na abordagem, os agentes constataram que eles haviam colado cartazes nos semáforos e portavam mais cartazes e cola. Diante da situação, a dupla foi encaminhada para o Plantão Policial e foi enquadrada pelo delegado responsável por dano ao patrimônio público.

O caso envolvendo os militantes do PCO repercutiu no meio político de Araraquara. Nas redes sociais, Fabi Virgílio (PT), Filipa Brunelli (PT) e Guilherme Bianco (PC do B) se posicionaram contra a prisão e exigiram a liberdade da dupla.

“Quero manifestar minha indignação com relação à atuação da Guarda Municipal na madrugada e também da autoridade policial que estava de plantão. Nós acordamos com a notícia de que o Tiago e mais um companheiro do PCO estão detidos na cadeia de Santa Ernestina em decorrência de estarem colocando lambes em sistemas semafóricos da cidade. Com isso, a Guarda Municipal conduziu os dois para a delegacia e o delegado os prendeu. Primeiro arbitrou uma fiança impagável de R$ 5 mil para cada um por estarem colocando lambe em defesa do povo palestino. Quando vemos uma ação dessas, sabemos qual é o lado e o posicionamento e a naturalização da barbárie contra um povo. Estou indignada”, disse.

Fabi Virgílio, vereadora, PT

Em defesa dos agentes, a AGMARA explicou que a ação dos abordados desrespeitou o Código de Posturas do Município e diante da situação, os agentes cumpriram com seu papel constitucional de preservação do patrimônio público ao encaminhá-los ao Plantão Policial.

“A GCM, órgão independente e autônomo às disputas políticas do município, cumpriu seu papel constitucional de preservação do patrimônio público ao apresentar à autoridade policial os infratores em flagrante delito, conforme Lei 13.022/2014. Sendo assim, qualquer ataque à instituição deve ser motivado e trazer provas da conduta ilegal dos agentes”, completou.

AGMARA (Associação dos Guardas Civis Municipais de Araraquara)

DESPROPORCIONAL

Em entrevista ao acidade on, o bancário Tiago Pires, um dos envolvidos no caso, considerou que a penalidade imposta pela autoridade policial foi desproporcional para o caso, e a prisão dos militantes foi “política”.

“O problema não é a adesivagem, mas sim o teor dos cartazes e pelo crime ser bastante discutível, o exagero da fiança, todo o esculhambo. Foi uma prisão política na nossa avaliação. Se você olhar no Centro, vai ver vários cartazes, inclusive com telefones”, finalizou.

Tiago Pires, bancário e militante do PCO
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Walter Strozzi
Walter Strozzihttp://www.acidadeon.com/araraquara
Formado em Jornalismo pela Uniara (Universidade de Araraquara), Walter Strozzi é repórter no acidade on desde 2018. Anteriormente atuou na Tribuna Impressa, Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal e CBN Araraquara.
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