Em nova visita do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta sexta-feira (24), dois ministros de Estado relembraram o “8 de Janeiro” e o gabinete de crise criado em Araraquara devido aos atos antidemocráticos de 2023. Jader Filho, das Cidades, e Renan Filho, dos Transportes, elogiaram a postura de Lula na condução das ações e o que classificaram como “real defesa da democracia”.
Na ocasião, Lula suspendeu uma visita que fazia na Avenida Padre Francisco Salles Coulturato (Avenida 36) e se dirigiu ao gabinete de seu correligionário Edinho Silva, onde assinou um decreto de intervenção nas forças de segurança do Distrito Federal.
Durante sua fala, Renan Filho relembrou que assistiu às invasões ao Congresso Nacional, Palácio do Planalto e STF (Supremo Tribunal Federal) pela televisão. Em sua avaliação, o presidente da República conduziu a situação exemplarmente.
O ministro Jader Filho iniciou sua intervenção no ato político prestando uma homenagem à família vítima das chuvas na cidade de Araraquara no final de 2022, na Avenida 36. Ele relatou ter sido “testemunha ocular” da habilidade de Lula para manter a democracia em pé.
ARARAQUARA E O 8 DE JANEIRO
Durante sua visita à Morada do Sol em 8 de janeiro de 2023 para avaliar os estragos causados pelas fortes chuvas, o presidente da República tomou conhecimento dos atos antidemocráticos e das invasões no Congresso Nacional, Palácio do Planalto e STF (Supremo Tribunal Federal). Diante dessa situação, o chefe do Executivo federal suspendeu sua agenda e dirigiu-se à Prefeitura, onde redigiu e assinou o decreto de intervenção federal, nomeando Ricardo Garcia Cappelli como interventor. As regras tiveram validade até 31 de janeiro.
Tempos depois, Edinho Silva registrou em seu livro que, no dia dos ataques aos prédios dos Três Poderes, o presidente da República chegou a cogitar um decreto de GLO (Garantia da Lei e da Ordem), mas abandonou a ideia por sugestão da primeira-dama, Janja da Silva.