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Saúde diz que ConecteSUS vai estar disponível semana que vem

Plataforma de controle e registro das pessoas vacinadas no País segue sem apresentar as informações

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Fachada do Ministério da Saúde (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Fachada do Ministério da Saúde (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

 

Por Weslley Galzo
O Ministério da Saúde informou neste sábado, 11, por meio de nota, que os sistemas que ainda estão comprometidos pelo ataque hacker realizado na madrugada de sexta-feira (10) devem voltar a ficar disponíveis para a população na próxima semana. A pasta, porém, não especificou quais plataformas seguem danificadas e nem qual a data prevista para que os serviços sejam plenamente restabelecidos.

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“O Ministério da Saúde informa que está atuando com a máxima agilidade para restabelecer os sistemas que foram temporariamente comprometidos com o ataque causado na madrugada desta sexta-feira”, diz a pasta. “Vários sistemas já foram restabelecidos e a expectativa é que os outros sistemas estejam disponíveis para a população na próxima semana”, finaliza a nota

O grupo hacker Lapsus$ Group assumiu a autoria da invasão que tirou do ar o site do Ministério, o Painel Coronavírus, o e-SUS Notifica, o SI-PNI (Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização) e o Conecte SUS, que exibe dados de vacinação contra a covid-19. A plataforma de controle e registro das pessoas vacinadas no País, por exemplo, ainda segue sem apresentar as informações dos cidadãos.

Na sexta-feira, ao tentar acessar o portal da pasta da Saúde, os usuários se depararam com a seguinte mensagem: “Os dados internos dos sistemas foram copiados e excluídos. 50 TB (Terabyte) de dados está (sic) em nossas mãos.” Ainda de madrugada, o informe do grupo ficou indisponível. As plataformas, contudo, seguem fora do ar.

A PF (Polícia Federal) e o GSI (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República) foram acionados ainda na sexta para investigar o caso. No final da tarde de ontem, a PF abriu um inquérito para apurar as circunstâncias e os envolvidos no ataque. De acordo com os agentes federais, o Núcleo de Operações de Inteligência Cibernética já começou a realizar as perícias preliminares e constatou que os bancos de dados não chegaram a ser criptografados pelos hackers.

O ataque cibernético retardou a implementação da portaria editada pelo governo federal para regular a entrada de viajantes internacionais no País, como forma de frear a contaminação pela variante ômicron da covid-19.

O texto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro na quinta-feira (9) determina a exigência de apresentação do comprovante de vacinação ou, em casos de pessoas não imunizadas, o cumprimento obrigatório de quarentena por cinco dias no local de destino. A regra passaria a valer a partir deste sábado, 11, mas, depois da invasão, só entrará em vigor daqui sete dias.

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A Rede Sustentabilidade acionou o STF (Supremo Tribunal Federal) para que cobrasse do governo a edição da portaria e determinasse a apresentação de explicações sobre os motivos para não ter implementado as recomendações da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de controle dos viajantes que chegam ao País.

Na segunda-feira (6) o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, deu 48 horas para os Ministérios da Saúde, Casa Civil, Infraestrutura e Justiça se manifestarem sobre o caso. A AGU (Advocacia-Geral da União) apresentou os argumentos do governo três dias depois e negou as acusações da Rede de que as pastas teriam se omitido de tomar as medidas necessárias para combater a variante ômicron.

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Leandro Las Casas
Leandro Las Casas
Graduado pela PUC-Campinas desde 2011, atua há 14 anos no Jornalismo, área na qual cobriu sete eleições, participou de grandes coberturas e esteve a frente de podcasts e projetos de assessoria. Começou a carreira na rádio CBN Campinas, onde foi estagiário, repórter e apresentador. No acidade on Campinas, assina matérias e reportagens de todas as editorias desde 2021.
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