- Publicidade -
Brasil e MundoTDAH: Ministério da Saúde aprova protocolo para diagnóstico de transtorno

TDAH: Ministério da Saúde aprova protocolo para diagnóstico de transtorno

Dados da Organização Mundial da Saúde estimam que o transtorno acomete 3% da população mundial

- Publicidade -

Fachada do Ministério da Saúde (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Fachada do Ministério da Saúde (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil) 

- Publicidade -

 
O governo brasileiro aprovou um documento com critérios de diagnóstico, tratamento e mecanismos de regulação, controle e avaliação do TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade).

O protocolo do Ministério da Saúde foi publicado na edição dessa quarta-feira (3) do Diário Oficial da União. Dados da Organização Mundial da Saúde estimam que o transtorno acomete 3% da população mundial.

Segundo o ministério, o transtorno é considerado uma condição do neurodesenvolvimento, caracterizada por uma tríade de sintomas envolvendo desatenção, hiperatividade e impulsividade em um nível exacerbado e disfuncional para a idade. Os sintomas começam na infância, podendo persistir ao longo de toda a vida.

“As dificuldades, muitas vezes, só se tornam evidentes a partir do momento em que as responsabilidades e a independência se tornam maiores, como quando a criança começa a ser avaliada no contexto escolar ou quando precisa se organizar para alguma atividade ou tarefa sem a supervisão dos pais”, ressaltou a pasta. 
 
 
LEIA TAMBÉM 
 
Brasil esclarece só 37% dos homicídios e nº de crimes resolvidos cai, diz estudo
 
 
Creche de Paulínia ganha prêmio internacional de educação na Europa

DIAGNÓSTICO TARDIO 

- Publicidade -

Embora o TDAH seja frequentemente diagnosticado durante a infância, o Ministério da Saúde alertou ainda que não é raro o diagnóstico ser feito posteriormente. Ele deve ser realizado por um médico psiquiatra, pediatra ou outro profissional de saúde como neurologista ou neuropediatra.  
 
QUANDO NÃO TRATADO
 
Quando não identificado e tratado na infância, o paciente leva os sintomas para a fase adulta e com eles as consequências:
dificuldade de concentração nos estudos e trabalho, procrastinação, baixa autoestima, problemas de relacionamento, só para citar alguns. 

“Meus 20 anos foram os mais difíceis. Quando criança, eu era o chato da sala. Demorei quatro anos para entrar numa universidade e mais oito para me formar”, diz Yuri Maia, criador do projeto @tdahdescomplicado e de vários cursos e mentorias para ajudar famílias com filhos diagnosticados com TDAH.

Especialistas afirmam que é muito comum um adulto procurar o consultório de um profissional para tratar depressão ou ansiedade sem a consciência de que as causas podem estar no transtorno do neurodesenvolvimento não diagnosticado na infância. 
 
A psicóloga Iane Kestelman conta que, no Brasil, nem se ouvia falar em TDAH quando se formou há 35 anos. Um de seus filhos apresentou os sintomas, mas tudo o que ela ouvia dos especialistas era “ele não tem nada mãe, ele só tem muita energia”. Até que ele foi diagnosticado. A neuropsicóloga faz uma autocrítica: “eu também dei diagnóstico errado no meu consultório, eu também disse que ‘não era nada’ para muitos pais que passaram no meu consultório durante 25 anos”. (Com informações da Agência Brasil) 
 
LEIA MAIS 
 
Mais caro que gasolina: por que o leite está tão caro?

- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
Notícias Relacionadas
- Publicidade -