O homem de 33 anos que morreu após ser baleado acidentalmente por uma policial miliar no último dia 5, foi sepultado por volta de 7h deste sábado (7) no Cemitério Nossa Senhora da Conceição, em Campinas. O enterro foi acompanhado por amigos e parentes, que se emocionaram, demonstraram revolta e pediram Justça. O caso aconteceu no bairro Santa Mônica e é investigado pela Polícia Civil.
A mãe de Rafael Pereira dos Santos, a dona de casa Lúcia de Fátima, diz que o filho ia de bicicleta ao supermercado e levava uma lista de compras e o celular quando foi abordado pela PM (Polícia Militar). De acord com o relato dela, Rafael foi ferido por um tiro depois que um dos policiais pediu para que ele mostrasse o que carregava e ele tentou pegar o celular, que guardava na cintura.
“Ele saiu de casa com uma lista de produtos de limpeza e o celular na cintura. Os policias estavam fazendo ronda e pararam ele. Ele mostrou a lista de produtos e quando colocou a mão na cintura pra tirar o celular, acho que os policiais acharam que ele estava armado”, diz.
No boletim de ocorrência, a polícia relata que Rafael tinha passagem por porte ilegal de arma. A mãe confirma o crime, mas diz que o caso foi há mais de 10 anos e que o filho cumpriu a pena e nçao possuía mais a arma. “Foi por uma traição de família. Ameaçaram e falaram que iam matar ele. Aí ele comprou uma arma, foi preso e ficou oito meses preso. Depois, nunca mais pegou em arma”, conta.
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VERSÃO DA PM E INVESTIGAÇÃO
De acordo com a Polícia Militar, Rafael Pereira dos Santos teria tentado fugir de bicicleta depois de ser abordado na Rua Reinaldo Bolliger. Em seguida, ele teria levado a mão bruscamente à cintura. Logo depois, um policial saiu da viatura e atirou acidentalmente contra a vítima. Equipes de resgate chegaram a ser acionadas, mas o homem não resistiu aos ferimentos e veio à óbito no local.
Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo), o caso foi registrado pelo 1º DP (Distrito Policial) como homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e será investigação pelo 3º DP. A arma utilizada pelo policial foi apreendida.
“O caso foi registrado como homicídio no 1° DP de Campinas e é investigado pelo 3º Distrito Policial da cidade, área dos fatos, para apuração do caso. Diligências estão em andamento para esclarecer todas as circunstâncias relativas aos fatos. A PM acompanha”, disse em nota.
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