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CotidianoLeptospirose: casos suspeitos "explodem" em Campinas com chuvas constantes

Leptospirose: casos suspeitos “explodem” em Campinas com chuvas constantes

Alta em janeiro e fevereiro deste ano foi de 332% em casos suspeitos e doença é contraída geralmente pelo contato com água de chuva; veja sintomas e como fazer desinfecção

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Alagamento durante chuvas de janeiro (Foto: Luciano Claudino/Código19)
Alagamento durante chuvas de janeiro (Foto: Luciano Claudino/Código19)

Dados do Devisa (Departamento de Vigilância em Saúde) de Campinas, da secretaria de Saúde, apontam que casos suspeitos de leptospirose “explodiram” nos dois primeiros meses deste ano, durante as chuvas constantes na metrópole.

No período, houve aumento de 332% no número de casos suspeitos de leptospirose, comparado ao mesmo período do ano passado. Vale lembrar que a doença geralmente é contraída pelo contato com água de chuva – veja sintomas e como fazer desinfecção abaixo.

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Os números foram levantados entre 1º de janeiro e 23 fevereiro deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. Há um ano, Campinas teve 22 casos suspeitos de leptospirose. Neste ano já são 95, sendo que 22 casos foram descartados e 73 seguem em investigação.

Dos pacientes atendidos pelo serviço público de Saúde de Campinas, 75% informou ter tido contato com água ou lama de enchentes. Ou seja, 71 dos 95 casos suspeitos. No ano passado, em nove dos casos (40%) houve relato de contato com água ou lama de enchentes em até 30 dias antes do início dos sintomas.

“Esse período de chuvas traz todas as tragédias que a gente tem visto, do ponto de vista material e de perdas humanas, e coloca boa parte da população exposta a uma série de riscos, incluindo-se a leptospirose. Lembrar que, neste período de chuvas, as inundações podem expor a população a agentes que podem causar hepatites, diarreias, infecções na pele. Mas ressalva em relação a leptospirose é sobre tudo em relação ao seu potencial de gravidade”, explicou o infectologista do Devisa Rodrigo Angerami.

Ainda de acordo com o médico, a leptospirose é uma doença que deve ser tratada na suspeita, por conta do potencial de evolução para formas graves. 

“E ao fato de que a confirmação laboratorial muitas vezes é tardia. Isso faz com que o profissional da saúde, frente a um caso suspeito, deve introduzir imediatamente o tratamento antimicrobiano”, disse.

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A DOENÇA E SINTOMAS

A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda que é transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos) infectados pela bactéria Leptospira; sua penetração ocorre a partir da pele com lesões, pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada ou por meio de mucosas.

As manifestações clínicas variam desde formas assintomáticas e subclínicas até quadros graves, associados a manifestações fulminantes. São divididas em duas fases: fase precoce e fase tardia.

Os principais da fase precoce são:

  • Febre
     
  • Dor de cabeça
     
  • Dor muscular, principalmente nas panturrilhas
     
  • Falta de apetite
     
  • Náuseas/vômitos

Em aproximadamente 15% dos pacientes com leptospirose, ocorre a evolução para manifestações clínicas graves, que normalmente iniciam-se após a primeira semana de doença. Nas formas graves, a manifestação clássica da leptospirose é a síndrome de Weil, caracterizada pela tríade de icterícia (tonalidade alaranjada muito intensa – icterícia rubínica), insuficiência renal e hemorragia, mais comumente pulmonar. Pode haver necessidade de internação hospitalar, segundo o Ministério da Saúde.

COMO DESINFECTAR

O médico do Devisa de Campinas explica que a desinfecção deve ser feita a partir da do hipoclorito nas situações de inundações. A própria Defesa Civil tem feito a entrega no momento no ato.

 “Mas fica a mensagem também população de que o hipoclorito pode ser encontrado nas unidades básicas de saúde e frente a ocorrência de situações como essa de inundação, alagamento, né? A população pode adquirir”, disse – veja passo a passo abaixo.

  • Passo 1 – Se proteja para evitar contaminação com água da inundação ou lama: Use bota ou sapato fechado, luvas e máscara. As botas e luvas podem ser substituídas por sacos plásticos e a máscara por panos ou lenços limpos.
  • Passo 2 – Faça a limpeza: remova a lama e a sujeira e lave o local com água e sabão.
  • Passo 3 – Prepare a solução de desinfecção com água sanitária.
  • Passo 4 – Molhe os planos nessa solução para desinfecção e passe no piso, parede e superfícies que entraram em contato com a água contaminada e deixe secar naturalmente.

SOLUÇÃO DE DESINFECÇÃO

  • Com a água sanitária comprada nos mercados (hipoclorito de sódio a 2 – 2,5%): misture 1 parte de água sanitária para cada 4 partes de água.
  • Com água sanitária fornecida pela Prefeitura de Campinas (hipoclorito de sódio a 1%): misture 1 parte de água sanitária para cada 1 parte de água.
  • Com água sanitária fornecida pela Prefeitura de Campinas (hipoclorito de sódio a 2 – 2,5%): misture 1 parte de água sanitária para cada 4 partes de água.
     
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