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CotidianoLíder espiritual preso em Hortolândia: adolescente relata abuso em depoimento; ao todo 10 pessoas foram ouvidas

Líder espiritual preso em Hortolândia: adolescente relata abuso em depoimento; ao todo 10 pessoas foram ouvidas

Além dos relatos já recebidos, mais quatro vítimas entraram em contato com o delegado responsável pelo caso em Hortolândia

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Homem foi preso após denúncias de abuso sexual em Campinas (Foto: Reprodução/EPTV Campinas)
Homem foi preso após denúncias de abuso sexual em Campinas (Foto: Reprodução/EPTV Campinas)

Uma adolescente de 16 anos que diz ter sido vítima do líder espiritual preso por suspeita de cometer abusos sexuais, em Hortolândia, prestou depoimento na manhã desta segunda-feira (20). Além dela, outras nove pessoas também foram ouvidas na investigação. Eduardo Santana, de 36 anos, usava a religião para assediar e abusar das vítimas. Ele está preso preventivamente – veja mais abaixo.

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Segundo o delegado titular da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) de Hortolândia, José Regino, a adolescente que prestou depoimento hoje foi violentada há dois anos, mas só revelou o que aconteceu após ficar sabendo dos relatos de outras vítimas. Ele conta que o investigado, conhecido como “Pai Du”, se aproveitou da proximidade com a família da jovem para praticar os crimes.

“Os pais eram frequentadores do templo e o abusador tinha uma marmitaria. O pai estava desempregado e foi trabalhar para ele de motoboy. Na confiança, deixou sua filha lá, que na época tinha 14 anos. E havia a presença de uma testemunha, uma mulher, que já identificamos e intimamos. A vítima relatou que quando ficava lá, o homem abusava dela, falava para ela que estava apaixonado e que se ela fosse mais velha eles teriam um relacionamento”, disse.

A vítima teria falado com a mãe que não queria mais ficar no local, mas não revelou o motivo, e somente após as reportagens resolveu prestar o depoimento.

MAIS CASOS

O delegado também informou que mais quatro mulheres entraram em contato com Delegacia de Defesa da Mulher pelas redes sociais e serão ouvidas ainda nessa semana. Até o momento, 10 pessoas foram ouvidas, incluindo a menor.

Ainda de acordo com Regino, três testemunhas que trabalhavam com Eduardo Santana, inclusive durante os cultos religiosos, também foram identificadas e intimadas para comparecerem à delegacia. Elas devem depor nos próximos dias.

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Preso enquanto se preparava para uma sessão religiosa, Santana disse aos policiais que responde a um processo por assédio em Americana, onde foi professor de música, mas disse não saber das outras denúncias recentes. Conforme a DDM, o processo de assédio citado por ele é de 2014, quando dava aulas de violão e molestou uma adolescente. Não há mais detalhes deste caso.

INÍCIO E COAÇÃO

José Regino explica que o caso passou a ser investigado com a coincidência de boletins de ocorrência, o que levantou uma suspeita da DDM. Depois disso, as vítimas foram chamadas e, após serem ouvidas, deu-se início à investigação. Um local aberto e uma sala no terreiro eram usadas pelo suspeito dos crimes.

“Ele induzia elas a praticar atos libidinosos, relatam que em um dos rituais, ele combinava um horário, por volta da meia-noite, em um riacho, uma cachoeira, e arrancava as roupas das vítimas. As vítimas alegam que ele passava a mão nas partes íntimas delas”, afirma ainda Regino, detalhado os abusos à EPTV.

Ainda conforme o delegado, mais vítimas foram ouvidas, mas tinham medo de dar detalhes sobre os casos, pois o investigado as coagia, falando que tudo fazia parte dos rituais e não poderia ser revelado. Além disso, alegava que o procedimento não daria certo se as vítimas relatassem os fatos para alguém.

PRISÃO E INQUÉRITO

Segundo José Regino, o inquérito deve ser concluído em 10 dias e o líder religioso deve seguir preso. Como o mandado é preventivo e possui validade de 90 dias, a prisão deve ser prorrogada. No dia 18, quando foi preso, Santana pediu por um advogado e não ofereceu resistência. Depois de levado à cadeia de Hortolândia, ele foi transferido à cadeia pública de Sumaré, onde permanece.

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