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CotidianoVestibular da Unicamp: como vai funcionar o reconhecimento facial?

Vestibular da Unicamp: como vai funcionar o reconhecimento facial?

Responsável pelo processo seletivo da universidade de Campinas responde dúvidas e nega que fotos serão usadas por câmeras e dispositivos tecnológicos

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Segunda fase do vestibular da Unicamp acontece em dezembro nesta edição (Foto: Denny Cesare/Código19)

 

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Anunciado como ferramenta auxiliar no processo de verificação das autodeclarações para as cotas étnico-raciais, o reconhecimento facial que será usado no vestibular 2023 da Unicamp, em Campinas, gerou dúvidas e críticas.

Todos os candidatos cotistas ou não serão fotografados durante a aplicação das provas da segunda fase do processo seletivo. A medida deve substituir a coleta de impressões digitais, medida válida até a última edição do vestibular.

As fotos dos estudantes que optarem pelas cotas, no entanto, passarão por uma avaliação. A ideia é que isso torne mais ágil o processo de heteroidentificação de candidatos pretos e pardos – entenda abaixo como a medida vai funcionar.

Ciente dos comentários que reclamam da possibilidade de violação de privacidade, o diretor da Comvest (Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp), José Alves de Freitas Neto, nega o uso das fotos para outros fins.

“Quero deixar bem claro que não é nenhum sistema de inteligência artificial e não é por nenhum software. As bancas farão a análise dessas imagens pra ver se as pessoas correspondem ou não às características fenotípicas”, argumenta ele.

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COMO VAI FUNCIONAR, ENTÃO?

As fotos serão feitas pelos fiscais com o uso de tablets nos locais de prova da segunda fase do vestibular 2023. Com isso, as imagens arquivadas serão padronizadas, já que terão as mesmas condições de iluminação e qualidade.

Os arquivos dos candidatos que optarem pelas cotas e se autodeclararem pretos e pardos serão avaliados por uma banca formada por cinco pessoas: além de um professor da instituição, participam um funcionário, um estudante da graduação, um aluno da pós-graduação e um representante da sociedade civil.

O grupo vai avaliar os candidatos e deliberar a partir das características visíveis, como “a cor da pele, a textura do cabelo e o formato do rosto, as quais, combinadas ou não, permitirão validar ou invalidar a condição étnico-racial afirmada pelo candidato”, detalha o parecer da Unicamp sobre o processo.

O procedimento nos últimos anos era feito inteiramente pelo Google Meet. Mas, com as fotos, a intenção é que parte dos candidatos cotistas aprovados que forem validados pelo reconhecimento facial sejam liberados das reuniões.

QUAL É O OBJETIVO?

A expectativa é que a medida torne o processo mais ágil e reduza pela metade o número de candidatos convocados para as bancas de averiguação, já que a análise das fotos tende a ser mais prática e rápida do que as chamadas de vídeo.

“Atualmente nós gastamos uma hora para avaliar até oito pessoas. Com o procedimento proposto, acreditamos que isso vai agilizar, porque vamos deixar apenas os casos inconclusos para o Google Meet”, explica José Alves de Freitas.

No comunicado sobre as mudanças para o vestibular 2023, a Comvest também explica que a etapa de reconhecimento facial não excluirá nenhum candidato e valerá “apenas para pareceres positivos no processo de heteroidentificação”.

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SOBRE O VESTIBULAR

A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) abriu às 10h do último dia 1º as inscrições para o vestibular 2023. São oferecidas 2.540 vagas em 69 cursos e o processo fica disponível até 2 de setembro.

O candidato deve preencher um formulário com todas as informações pessoais no site da Comvest (Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp) (clique aqui) e ainda pagar uma taxa de inscrição de R$ 192 até 9 de setembro.

O valor só não é obrigatório para 8.454 candidatos, que solicitaram e foram contemplados com a isenção. Deste total, 6.667 são de famílias de baixa renda, com até um salário mínimo e meio bruto mensal por morador do domicílio (LEIA A MATÉRIA COMPLETA AQUI).

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