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CotidianoA tecnologia e os meios sociais

A tecnologia e os meios sociais

A análise sempre envolve as questões de segurança física, segurança humana e da própria segurança eletrônica

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O especialista em segurança Adalberto Santos (Foto: Divulgação)

Ao falar em segurança, é importante sempre refletirmos o quanto a segurança eletrônica sozinha pode ser considerada viável ou se realmente ela é apenas um dos elementos que constroem um projeto realmente seguro.

A análise sempre envolve as questões de segurança física, segurança humana e da própria segurança eletrônica.

Agora vamos fazer uma pequena e objetiva inserção em dois outros meios que constroem a segurança: os meios organizacionais e, o mais importante de todos, os meios sociais.

Muito bem, imagine agora que seu condomínio tem uma portaria muito bem planejada, seus muros e fechamentos dentro de padrões estabelecidos tecnicamente, sua equipe de vigilância bem recrutada e equipamentos de segurança de última geração. Imaginou?

As perguntas que ficam são: quem disse ao profissional da segurança o que ele tem que fazer? Onde está devidamente registrado os protocolos a serem seguidos? Onde está escrito como ele deve se comportar em situações do cotidiano, ou pior, em uma situação de crise? Devemos esperar que ele tenha simplesmente “bom senso”? Como devem ser esses protocolos? Aqueles livros que ninguém vai ler? Ou aquelas três ou quatro páginas feitas no CTR C, CTR V, que não estão em consonância com o seu condomínio?

São tantos os quesitos e a forma de construir isso, que levaríamos muito tempo aqui explanando sobre esse tema, mas o importante é você questionar para avaliar em qual cenário tudo isso se encontra. E finalmente os meios sociais, o mais importante de todos, tanto os meios sociais exógenos, em especial os mais limítrofes, quanto os meios sociais endógenos. De nada vai adiantar um investimento maciço em tecnologia, se não houver uma atenção especial a esses dois pontos.

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Meios exógenos são os externos, ou seja, a vizinhança. Sempre digo que mais vale construir pontes do que levantar muros. Construir uma relação amistosa e colaborativa com a vizinhança é fundamental, em especial quando forem áreas de vulnerabilidade social, pois eles podem ser uma ameaça, mas também podem ser excelentes aliados, e esta decisão é exclusivamente dos moradores.

Em minha carreira administrei inúmeros conflitos nesse sentido e posso afirmar, sem medo de errar, que as comunidades, em sua maciça maioria, são constituídas de gente do bem, que estão em busca de oportunidades e aliados para viabilizar seus projetos. E posso garantir, são extremamente gratos quando isso acontece, lembrando que o assistencialismo nem sempre é o caminho.

É um trabalho complexo e que exige técnica, que geram resultados extremamente positivos, sólidos e perenes.

Quanto aos meios endógenos, ou seja, internos, esses exigem muita empatia, endomarketing, comunicação bem direcionada e um bom nível de gestão de segurança (informação é tudo). Para isso existem hoje aplicativos, como por exemplo o SigmaAPP, que dá um alto nível de assertividade e eficiência na gestão de riscos do condomínio.

E por último vejo os condôminos sendo administrados como empresas, e na verdade, o condomínio é um lugar para se morar e viver bem, com qualidade de vida, então tem que ser administrado como uma cidade que adoraríamos viver.

Pense: o condomínio não é somente o lugar onde construímos uma casa, é a oportunidade ímpar de se construir uma sociedade ideal de se viver.

Adalberto Santos–  é especialista em segurança e diretor superintendente da Sigmacon. É consultor, palestrante, analista em segurança empresarial e criminal. Possui pós-graduação de processos empresariais em qualidade, MBA em administração e diversos títulos internacionais na área de segurança.

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Luciana Félix
Luciana Félixhttps://www.acidadeon.com/campinas/
Supervisora de conteúdo digital do acidade on e do Tudo EP. Entrou no Grupo EP em 2017 como repórter do acidade on Campinas, onde também foi editora da praça. Antes atuou como repórter e editora do jornal Correio Popular e do site do Grupo RAC. Também atuou como repórter da Revista Veja, em São Paulo.
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